sexta-feira, 3 de agosto de 2012
Então ficamos assim: o futebol é “perverso” e não está à
altura de quem é “do bem”. Já a política partidária é coisa de alto nível,
coisa para espíritos elevados, onde mudanças radicais de partido são
perfeitamente normais e se convive e interage apenas com o que/quem há de mais
puro e ético. Além disso, futebol “é sorte” e não tem nada a ver com
planejamento, com competência e com profissionalismo. Portanto, vamos parar de
falar de futebol, que não é parâmetro para aferir os benefícios que a atual
administração trouxe ao Flamengo. Mesmo porque o clube pode viver perfeitamente
bem sem o futebol e pode abrir mão dos contratos de patrocínio, da cotas de TV
e das verbas dos fornecedores de uniformes.
Ou seja, dá para se concentrar na arrecadação das
mensalidades, principalmente dos sócios anistiados, nos acertos temporários
tipo Morro da Viúva e em eventuais verbas de incentivo ao esporte olímpico e
outras que estão disponíveis para quem, como o Flamengo, está com suas
obrigações tributárias, fiscais e
previdenciárias absolutamente em dia.
Proponho, então, que se faça uma tentativa de suspender a
participação temporária do Flamengo do futebol e concentrar todos os esforços
do clube em fortalecer a parte social e os esportes olímpicos, de forma a
agradar prioritariamente os sócios, pois “quem vota é o sócio, e não o
torcedor”. O Flamengo fica em uma espécie de moratória do futebol, vende seus
atletas, interrompe a construção do CT, cancela os contratos de TV,
fornecimento de uniformes e patrocínios pontuais e nomeia seus melhores quadros
para o fortalecimento do parque social, como um grande Clube Pinheiros, Minas
Tênis ou Tijuca. Vamos captar todos os incentivos possíveis para construir mais
quadras, comprar mais equipamentos, fazer intercâmbio com treinadores e atletas
olímpicos dos melhores centros. Vamos requintar as instalações sociais, colocar
mármores e granitos, madeiras nobres, substituir os móveis, melhorar os
equipamentos da ginástica, cobrir os estacionamentos e contratar serviço de
valet, informatizar tudo com equipamentos de última geração, enfim, vamos mimar
e dar atenção total aos sócios.
Só não podemos esquecer que, primeiro, tem que pagar uma
dívida monstruosa com o Ronaldinho, apesar de que ele não vai estar dando a
contrapartida de serviços ao clube, e não por culpa dele, mas de quem o
contratou, prometeu pagar e não pagou. Da mesma forma não esqueçamos que vamos
ter que pagar a dívida duplicada com o Romário, por termos esquecido que o
Clube dos 13 não tinha mais como fazer o pagamento acordado. Idem com o Pet. E com
outros tantos como Luxa, Joel, etc, etc, etc.
Se é isso que a maioria dos sócios pretende e aceita, vamos
fazer! Afinal o futebol do Flamengo é mero detalhe, e na verdade só está lá
para fazer a felicidade dos torcedores que nem sócios são e nem votam. São
só 30 ou 40 milhões de otários, que
acham que o Flamengo é o futebol. A prioridade são os sócios que também acham
que o futebol é “perverso”. E que o patrimônio do clube está imune à derrocada
desse esporte.
É isso, Presidente?
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