Libertadores pra cá, Libertadores pra lá... Irônica esta febre de Libertadores que acomete os clubes e a torcida brasileira. Sim, porque até onde minha memória alcança, na segunda metade dos anos 70 os clubes queriam mais era se livrar da Libertadores, mais ainda do que hoje querem passar ao largo da Sul-Americana.
Apesar de ainda ser um tenro projeto de vagabundo recém-saído das fraldas à época, lembro-me claramente do estorvo que era para uma agremiação nacional conquistar o campeonato brasileiro, e ser obrigada a representar o Brasil numa competição internacional que conferia ainda menos status do que conquistar indevidamente uma Taça de Bolinhas. Recordo-me vividamente de que era voz corrente ser a Libertadores “a maior roubalheira da paróquia”, e de como os desanimados clubes enviavam times mistos aos confins do continente, priorizando (com plena, total e completa conivência dos seus torcedores) os campeonatos regionais, ou mesmo quaisquer amistosos caça-níqueis que por ventura aparecessem.
Com assumido saudosismo, remonto ao tempo em que os pais de família preferiam que os filhos fossem travestis na Praça Mauá a ser juízes filiados à CONMEBOL. Um período em que até os árbitros levavam jeito com a bola no pé, mais exatamente uma bola de ferro presa com grossas e inexpugnáveis correntes de aço.
E digo mais: nem mesmo em 1987, quando a CBF e o Sport Club dos 13 de Recife nos tungaram a vaga para a Libertadores, fiquei minimamente chateado. Apesar de termos deixado de disputar um torneio continental com um timaço que tinha Zico, Leandro, Bebeto, Renato Gaúcho, Leonardo, Andrade, Zinho e companhia bela, fiquei revoltado apenas pelo não reconhecimento do nosso título brasileiro merecidamente e honestamente ganho em campo. Libertadores, repito, não significava nada para mim, até porque já havíamos ganhado uma.
Cenão vejemos (sou, mas quem não é?): de 1960 a 1980, apenas três clubes brasileiros se sagraram campeões da Libertadores: Santos (duas vezes) e Cruzeiro. Ou seja, durante os seus primeiros 20 anos de existência, essa competição praticamente se resumiu a uma disputa particular entre argentinos e uruguaios para decidirem de uma vez por todas quem batia mais forte, olhava mais feio e cuspia na cara do outro mais discretamente.
Então veio o histórico ano de 1981, que trouxe em seu bojo (seja lá o que isso signifique) a belíssima vitória do Flamengo, fato que me levou a elaborar uma teoria que, para muitos pode parecer parcial, mas que a mim me basta maravilhosamente: o triunfo rubro-negro despertou a inveja dos arcoirenses, que passaram a cobiçar, doentiamente até, um título igual ao nosso, de tal maneira que nos próximos 30 anos da Libertadores, até 2011, os times do Brasil venceriam o certame 12 vezes!
Antes de 81, apesar de a Libertadores ter sido conquistada por times como o Santos de Pelé, e o Cruzeiro de Raul, Jairzinho e Zezé Moreira, tenho para mim que o estopim para o boom que hoje testemunhamos foi a vitória do maravilhoso Flamengo de Zico e companhia não mais piedosa.
Definitivamente, para mim, 1981 aguçou o paladar dos nossos coirmãos que, a partir de então, passaram a nutrir verdadeira tara por conquistar o continente, quando não por outras coisas menos nobres e socialmente aceitáveis.
No meu caso particular, já que escrevo pelo meu ponto de vista (errado ou não), como tomei gosto por títulos mundiais, passei a reconhecer a Libertadores apenas como um meio legal para esse fim. Um direito a ser conquistado em campo, e não no tapetão “Sportivo”.
Apesar de ainda ser um tenro projeto de vagabundo recém-saído das fraldas à época, lembro-me claramente do estorvo que era para uma agremiação nacional conquistar o campeonato brasileiro, e ser obrigada a representar o Brasil numa competição internacional que conferia ainda menos status do que conquistar indevidamente uma Taça de Bolinhas. Recordo-me vividamente de que era voz corrente ser a Libertadores “a maior roubalheira da paróquia”, e de como os desanimados clubes enviavam times mistos aos confins do continente, priorizando (com plena, total e completa conivência dos seus torcedores) os campeonatos regionais, ou mesmo quaisquer amistosos caça-níqueis que por ventura aparecessem.
Com assumido saudosismo, remonto ao tempo em que os pais de família preferiam que os filhos fossem travestis na Praça Mauá a ser juízes filiados à CONMEBOL. Um período em que até os árbitros levavam jeito com a bola no pé, mais exatamente uma bola de ferro presa com grossas e inexpugnáveis correntes de aço.
E digo mais: nem mesmo em 1987, quando a CBF e o Sport Club dos 13 de Recife nos tungaram a vaga para a Libertadores, fiquei minimamente chateado. Apesar de termos deixado de disputar um torneio continental com um timaço que tinha Zico, Leandro, Bebeto, Renato Gaúcho, Leonardo, Andrade, Zinho e companhia bela, fiquei revoltado apenas pelo não reconhecimento do nosso título brasileiro merecidamente e honestamente ganho em campo. Libertadores, repito, não significava nada para mim, até porque já havíamos ganhado uma.
Cenão vejemos (sou, mas quem não é?): de 1960 a 1980, apenas três clubes brasileiros se sagraram campeões da Libertadores: Santos (duas vezes) e Cruzeiro. Ou seja, durante os seus primeiros 20 anos de existência, essa competição praticamente se resumiu a uma disputa particular entre argentinos e uruguaios para decidirem de uma vez por todas quem batia mais forte, olhava mais feio e cuspia na cara do outro mais discretamente.
Então veio o histórico ano de 1981, que trouxe em seu bojo (seja lá o que isso signifique) a belíssima vitória do Flamengo, fato que me levou a elaborar uma teoria que, para muitos pode parecer parcial, mas que a mim me basta maravilhosamente: o triunfo rubro-negro despertou a inveja dos arcoirenses, que passaram a cobiçar, doentiamente até, um título igual ao nosso, de tal maneira que nos próximos 30 anos da Libertadores, até 2011, os times do Brasil venceriam o certame 12 vezes!
Antes de 81, apesar de a Libertadores ter sido conquistada por times como o Santos de Pelé, e o Cruzeiro de Raul, Jairzinho e Zezé Moreira, tenho para mim que o estopim para o boom que hoje testemunhamos foi a vitória do maravilhoso Flamengo de Zico e companhia não mais piedosa.
Definitivamente, para mim, 1981 aguçou o paladar dos nossos coirmãos que, a partir de então, passaram a nutrir verdadeira tara por conquistar o continente, quando não por outras coisas menos nobres e socialmente aceitáveis.
No meu caso particular, já que escrevo pelo meu ponto de vista (errado ou não), como tomei gosto por títulos mundiais, passei a reconhecer a Libertadores apenas como um meio legal para esse fim. Um direito a ser conquistado em campo, e não no tapetão “Sportivo”.
Duplex Toc Zen
1 - O Mengão sem maiores expectativas para 2012: Tô me sentindo um botafoguense.
2 - O R10 virou a alegria dos dentistas: Vive de fazer pivô.
3 - Depois o vagabundo sou eu!: O futebol do R10 anda tão burocrático, que além de bater faltas e pênaltis, ele devia começar a bater ponto.
4 - O título do nosso ataque formado por Deivid de Souza e Vagner Silva de Souza só pode prestar pra série da TV Globo: “Os Souza.”
5 - O problema crônico do Imperador não é tendão de aquiles: É cabeça de Adriano.
6 - A nossa defesa é uma peneira: E daquelas de areia.
7 - Como os penteados são a tônica dos boleiros do Mengão, o nosso treinador vai mudar de nome: Doravante, Gel Santana.
8 - Sim, porque...: Vendo os penteados dos jogadores de futebol a gente começa a entender a razão da existência da calvície no mundo, e até a agradecer por ela.
9 - Eu, treinador: “Vai, Joel, arruma esse time aí! Organiza essa bagaça! Acorda a rapaziada! VAMO LÁ, P#RRA!”
30 - Nesta carência atual de verdadeiros craques, do nível de Zico, Pelé e Maradona, qualquer jogador é assim chamado pela mídia bajuladora. É aquela coisa: “Em terra de cego, quem joga em clube paulista é ney. Aliás, rei.”
11 - Sim, porque...: O Neymar é apenas um Negueba que joga pra cacete.
12 - Pros narradores e comentaristas deslumbrados (e quiçá remunerados), todo mundo é “goleirão”, “craque” e “revelação”: Só o manezão aqui conseguiu ser reprovado na peneira do Olaria...
13 - Sugestão à egrégia e colenda administração: Já que o blog se encontra em reformulação estrutural, sugiro mudar o link no final dos posts de “Comments” para “Cornnets”.
14 - Após tantas homenagens pelos lamentáveis passamentos dos geniais Chico Anysio e Millôr Fernandes, quero humildemente fazer-lhes o maior elogio que um humorista pode receber: “Vocês num valem nada!”
15 - Amanhã, na Liberta?: Éééééééé, muleque!
16 - Twitter Cassetadas da semana (em tempo real só em @rubionegrao):
A triste postura que o SPFC adota no caso da "Taça das Bolinhas" tá sendo punida com juros e correção monetária no imbróglio "Oscar-Inter".
A série Spartacus também é cultura: eu não sabia que cabia tanto sangue dentro de um ser humano!
"Como assim 'Love' é amor em inglês?" - Joel Santana
Se quanto menos você come, mais você tá engordando, então chegou a hora de parar com a Dieta do Milk Shake.
Quem inveja o meu sucesso não sabe nem o que é fracasso.
E pensar que já tivemos um jogador melhor que o Messi vestindo nossas cores anos a fio...
Os arcoirenses irrelevantes ainda não perceberam que só existem no mundo porque o futebol precisa de dois times em cada jogo
O Olimpia não é pouca porcaria, não: é líder absoluto de um campeonato onde todos os cavalos são paraguaios.
Pelo menos eu não pago PPV pra acompanhar a Liberta.
Quando a gente pensa que o nível do Cariocão tá lá embaixo, vem o Paulistão com Mirassóis e Catanduvenses...
Mirassol, Catanduvense, Guaratinguetá, Mogi Mirim... O Paulistão é muito melhor que o Cariocão, nem que seja em termos de nomes de times.
Neymar meteu 3 no Guarratyn... Garatinj... Quarating... guaratinguetá. Isso, Guaratinguetá!
Ainda hei de ver o Mengão jogar contra o Mirassol!
#FinalBBB12? Tão de sacanagem que tava rolando BBB! Começou quando?
#FinalBBB12: e termina mais um fracasso lucrativo da Globo.
"Deputada Propõe Dia Mundial da Luta Contra o Sexo Anal." Mas se for consensual, pode?
"Barça vence e segue a seis pontos do Real." O Barcelona é bom demais, mas tá sempre correndo atrás...
Se alguém ainda tem dúvida se o sangue é vermelho, recomendo o último episódio desta temporada de Spartacus.
"Mãe de torcedor morto em 2005: 'Ninguém preso'" Claro, porque assassinato não é roubo de margarina em mercado.
#1DEABRIL é um dia como outro qualquer para os "insiders" do Flamengo aqui do Twitter.
Como insider profundo do Flamengo, cravo seco: hoje estou de folga por causa da grande concorrência do #1DEABRIL.
#TuiteUmaMentira: já estou acordado.
No Rio de Janeiro, o Mengão foi o único time que não caiu em primeiro de abril, nem nunca.
Por mim, o Deivid pode perder quantos gols quiser, contanto que eu perca junto, ao estar na cozinha me reabastecendo de cerveja.
"Paulistanos aprovam lazer no Minhocão." Eu tô dizendo...
"Inexperiente" é o cara experiente em fazer mierda.
A patrulha ideológica pra cima dos tuiteiros é tanta que agora, além de seguidores, passamos a ter perseguidores.
A globopontocom não é o Supremo Tribunal, mas tá cheia de apelação.
Encostar em macho suado num octógono não é minha praia. Prefiro esportes sem contato físico, como vôlei ou ser pipoqueiro no futebol.
O cara "xingou" o outro de "emossexual". Houve malícia ou apenas analfabetismo?
Acordei tão animado hoje. Então liguei o computador...
Pra mim, a série ideal seria uma mistura de Mad Men com Spartacus.
Tenho que escrever a Calúnia de amanhã, mas tô ocupado verificando se a lua está se movendo. Fiscal da natureza não tem um minuto de paz!
Devo ter sido um homem muito rico em alguma encarnação, mas vai achá-la agora...
Você sai na rua, cheio de amor pra dar, com um bom humor bissexto, e o palhaço FDP do karai quase te pega quando o sinal tá aberto pra você.
E nada mais sou.
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