Não há desculpas para a escalação do Flamengo

Não havia altitude e nem mesmo um campo ruim. O adversário era difícil, mas fazia um jogo aberto dando espaços para que um time que não abdicasse de atacar tivesse chances, tanto que sem buscar jogo o Flamengo conseguiu abrir placar. (In)felizmente em um instante raro de justiça no futebol, o clube argentino conseguiu empatar e minimizou o número de pontos que uma atuação tão covarde poderia obter.

Joel Santana tem o melhor elenco rubro-negro que teve em todas suas passagens pelo clube, com a ressalva de ter péssimos zagueiros à disposição. Se quiser um jogador que faça o pivô o jovem Lucas ou a incógnita Itamar podem fazer a função. E tem quatro boas opções para a lateral (Leo Moura, Galhardo, Junior César e Magal) além de vários bons jogadores para ocupar o setor de criação (Ronaldinho, Thomás, Bottinelli, Camacho e Adryan). Com tudo isso, Joel optou por um meio campo lento, desprovido de criatividade e com nenhum, absolutamente, nenhum volante incontestável do elenco. É difícil, mas ele conseguiu.

Papai pode falar do calendário, mas quem decidiu colocar os titulares para jogar no domingo passado foi ele. Aliás, ele irá repetir os titulares em mais um jogo impedindo que os jovens do time B tenham mais uma chance de amadurecer para que o Flamengo possa garantir três pontos importantíssimos contra o épico Resende.

Com décadas de serviço no futebol carioca, Joel sequer pode usar o pouco tempo de clube como desculpa para um esquema tão covarde. Boa parte do elenco já foi seu jogador - e por coincidência quase todos têm vaga cativa no elenco - e ele sabe muito bem como age e pensa a torcida. É bom que daqui para frente se dê ao respeito de não dizer que o Flamengo entrará para ganhar e escalar um time com quatro volantes. Se ele não tem vergonha, nós temos.

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Uma dúvida: se Teixeira cair, como fica o insuportável imbróglio da taça das bolinhas com a CBF sendo ocupada por tantos paulistas?