sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

E depois da quarta feira de cinzas..



* Por MarcellinhaRJ


Final de semana de folga Rubro Negra. Me peguei pensando: o que fazer com meu domingo?

Um alivio surge seguido da tristeza de não ter o Mengão em campo nesta final. Porque quando falamos de Mengão, eu quero que ganhe até em campeonato de purrinha. Porém nesse campeonato eu não queria o Rubro Negro. Estar nessa final é endossar o cheque de uma gestão que vem perdida há tempos. Assim como em 2011, permanecer invicto calou a boca de boa parte de torcedores que percebiam o futebol despretensioso que vinha sendo exibido. Uma reclamação era repreendida com o argumento: “somos invictos!” Será que apenas eu não me convenci disso?

O Flamengo está carente de um resgate de valores. De entender o tamanho e a força que tem. Finalizamos o ano meio a crises, problemas financeiros, e birrinhas pessoais dentro de um elenco que tinha tudo pra dar certo, desde que bem orquestrado. Pagamos milhões por Love, e nem nos damos conta da apatia de R10. O que vale? Fazer festa pra chegada do craque e nenhum trabalho para fazer valer a pena cada tostão investido?

Me fala onde fica essa fonte que jorra grana... Vou lá resolver meus problemas financeiros.

O lance é que nessa tribo tem muito cacique pra pouco índio. E a partir do momento que vivemos a criticar a grama do vizinho, deixamos de cuidar da nossa. É o diretor de finanças, cuidando do futebol, o de futebol por sua vez cuidando do marketing, e o marketing... E o marketing??? Os clubes de futebol são como empresas particulares. Não obstante, atuam como uma república. Ao invés de profissionais qualificados, elegemos pessoas sem conhecimento daquilo que terá gestão, esta pessoa dá poderes aos seus e estes por sua vez terceirizam sua responsabilidade.

Estamos desde o final de 2010 sem um patrocinador máster fechado. Como negociar com empresários de empresas dispostas a patrocinar o clube, sem que a pessoa do clube tenha algum conhecimento de causa daquilo que está negociando? Como mostrar ao mercado publicitário sua força sem qualificação pra isso? Entregamos nosso nome, nossa força, nas mãos de quem o faça. E com isso perdemos parcela do que seria ganho fácil para o clube.

Enquanto isso os caciques valorizam suas vaidades.

Um diretor remunerado atuante e reconhecido na sua área seja marketing, publicidade, finanças. É fundamental para expandir e fomentar  ganhos ao clube. Apenas ter como argumento o nome Flamengo, isso não te dá força para ganhar aquilo que você acha que vale. É preciso mostrar o trabalho e ganhos que podem ser desenvolvidos através da força que a marca FLAMENGO exerce no mercado. Não é fazendo da camisa um álbum de figurinhas. Isso não é marketing. Uma série de ações precisam ser trabalhadas, imagem de grandes jogadores colocada em publicidade. Temos as ferramentas. Mas sem qualificação ficamos atados.

Teremos um Flamengo forte, quando os profissionais que lá atuam entenderem a necessidade de resgatar valores, e lutar por interesses coletivos. Não é contratando um craque ou um técnico. Mas fazendo refletir em cada categoria do clube os interesses do pilar que sustenta toda essa massa. A torcida.

Neste momento não fazer parte desta final é um ganho. Foi perder para ganhar! Ganhar do vice é sempre um prazer. Mas valorizar meu time é uma obrigação. Você já parou para pensar na instituição como um todo? É pequeno demais para o Rubro Negro dar-se por satisfeito porque ganhou um carioquinha.

Não faço parte da maior torcida do mundo pra me contentar com tão pouco. E vocês?


Marcellinha Miranda é carioca, ariana, Mangueirense, abusada, debochada, engraçada,mãe do Pedro e da Sara. Rubro Negra desde o berço, nascida em 1981, fã do Junior, apaixonada por futebol. Amélia do Flamengo, apaixonada pelo clube. Profissional de Marketing, eu não vivo eu aconteço! Ser Flamengo é poder ostentar minha marra, é vestir um manto e ficar linda, é fazer parte da maior nação do planeta. 

#Nada Importa Sem O Flamengo

Eu no twitter: @MarcellinhaRJ



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