* Por Bruno Cazonatti
quinta-feira, 12 de janeiro de 2012
CADA UM NO SEU CADA UM
É triste ver o Flamengo devendo dinheiro aos jogadores. Mas
o pior é ver jogador explanando assuntos internos pra fazer burburinho na
mídia. Cobrar por salários atrasados é válido em qualquer profissão. Então, que
se faça pacto de silêncio, greve de fome ou qualquer ação pacífica para
reivindicar seus direitos. O que não da é para empregado ficar usando a mídia,
expondo que o seu chefe está de sacanagem na hora de quitar os proventos ou se
ele está comendo aquela secretária gostosa. Como diz Arnaldo, a regra é clara:
A imprensa noticia fatos, o jogador joga bola. Não pode é atleta usar a mídia
pra pautá-la com assuntos internos do clube. Daí vira bagunça e não se resolve
nada, exceto melhora a venda de jornal e aumenta os pageviews daqueles que
adoram lucrar com crise e fofoca alheia.
Tudo isso também serve para o torcedor aprender a separar o
joio do trigo e para refletir sobre o bem maior do time de futebol e o mal
menor da instituição. Sim, pois esta aflição desenfreada por contratações
coloca mais uma polêmica na conta de quem brada pelo profissionalismo na gestão
do Flamengo. Afinal, torcemos por um clube que quer pagar aos árabes e aos
russos, mas se esquece de quitar suas dívidas com os brasileiros. E é por isso
que, quem torce pelo Mais Querido do Brasil, precisa entender que não adianta colocar
faixa em arquibancada afirmando que o “Brasileiro é Obrigação”, se um clube não
cumpre com sua responsabilidade social. Essa frase traduz muito mais do que
apenas o anseio pela conquista de mais um título. Obrigatório, para um clube
que se diz grande, é manter as finanças equilibradas, salários de atletas e
funcionários em dia, investimento nas divisões de base e muitas etecéteras pela
frente.
Então, é bom que a presidente dê um soco mesmo na mesa e
coloque seus súditos em seus devidos lugares. Que dirigentes e treinadores
trabalhem mais e falem menos ao microfone, assim como os jogadores se
concentrem no exercício real de sua profissão e aprendam a resolver o problema
de suas polpudas cestas básicas, internamente. Deixa que os empresários dos
atletas sejam os verdadeiros marqueteiros, distribuindo DVDs com os melhores
momentos de Itamar, Magal... E nós, rubro-negros legítimos, sigamos acreditando
no time e fazendo o que sabemos fazer de melhor: torcer e rezar pra São Judas.
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