Tudo que um torcedor poderia esperar seria ter um refúgio ou paliativo para suas dores no clube de seu coração. É, pode ser uma fuga, mas isso também faz parte, a gente precisa de algum refresco de vez em quando, senão acaba pirando. E é o contrário.
As tristezas com o momento do clube só aumentam. Eu ainda entendia ( embora discordando ) a possibilidade da re-eleição como uma conseqüência de algumas coisas que andei lendo, dando conta de que pelo menos para os sócios que freqüentam e atletas as coisas iam bem. Aí li o texto do Henrin. Sou sócio, off-Rio. Portanto, não freqüento clube. Não tenho como opinar, me guio pela leitura intensiva de tudo que diz respeito ao Flamengo. E, ultimamente, só ando lendo coisas ruins.
Cheguei a ter a esperança renovada quando os valores do novo contrato com a TV foram divulgados. Antes de começar a valer, no entanto, essa esperança morreu, com os absurdos que tenho lido em todo lugar.
O mais triste é esse cenário desanimador em que o clube é dominado por “famiglias”, no melhor estilo da Máfia Siciliana. A única diferença é que eles não se matam para tomar o poder, pelo menos não fisicamente. Preferem faze-lo metaforicamente, pela destruição sistematizada de tudo que tenha sido conseguido pelo grupo anterior. Isso é frustrante e se reflete nos resultados, em todos os níveis, mas aparece mais no futebol. E vamos adiando o sonho de potência dominante por absoluta incompetência e falta de compromissos reais com a instituição, em detrimento de projetos pessoais, em todos os níveis.
Muitos se associaram, alguns começam a se interessar pelo grupo que surgiu aqui mesmo neste espaço, os sócios-pelo-flamengo. É nossa única esperança. Talvez seja uma quimera ou utopia, mas cabe apenas a nós acreditarmos que é possível alterar essa estrutura ultrapassada e viciada. Antes que ela consiga o seu propósito, que seguramente é o de exaurir os recursos e possibilidades do Flamengo, até que ele acabe. Não podemos deixar.
Feliz 2012 a todos!
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