No duelo de palavras e acusações entre jornalista e treinador, é fato: perde o Flamengo.
Perde por ter seu nome exposto, mais uma vez, em todos veículos de imprensa e mídias sociais.
Perde por ver que seu treinador, como tem feito nos últimos tempos, prefere olhar pro próprio umbigo, por mais que suas palavras sobre o jornalista sejam justas ou não. Como treinador, seu papel é treinar o time, fazer a coisa acontecer. Não bater boca com jornalista, criar mais confusão onde esta já predomina.
Perde por sabermos que nenhuma atitude será tomada pela diretoria. Se o clube foi incapaz de respeitar Zico e Andrade, sabe-se lá o que fará. Será um festival de gente passando mão na cabeça de um, de outro. Um festival incontrolável de omissão.
Sobre o jornalista, não comento. Ele não é empregado do Flamengo, e não cabe a mim avaliar. No máximo, gostar ou não. Eu não gosto. Ponto.
Perde, repito, pela exposição negativa da marca. Depois, não entendem os motivos que dificultam o fechamento de patrocínios decentes, que realmente gerem benefícios para a marca Flamengo.
Enquanto outros clubes - que outrora eram uma zona - se organizam em silêncio, blindam elenco, blindam profissionais, o Flamengo continua uma zona, uma casa da mãe Joana.
No fim das contas, Luxemburgo é apenas mais uma consequência de um clube sem comando, sem direção, sem prumo. Sob a batuta ausente dessa diretoria, a torcida tem - realmente - que agradecer a Deus por não lutarmos pra não cair.
O desrespeito da diretoria não é com a torcida, mas com o clube que eles dirigem, que eles frequentam todo dia, com a história.
Infelizmente, esse é o Flamengo de hoje. Um Flamengo exposto ao caos, à omissão, e, principalmente, à vergonha.
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