domingo, 17 de abril de 2011




FLAMENGÔMETRO nº 46

A INSUSTENTÁVEL LEVEZA DO SER

Salvos dos respingos dos chuveirinhos de lágrimas dos nossos co-irmãozinhos alvinegros, o esquadrão luxemburguês chega à metade do mês de abril incólume, sofrendo não com derrotas, mas com a cobrança de sua exigente torcida, na qual eu me incluo. O rubronegrismo racional propalado por Muhlenberg não nos garante o direito não deixar que peneiras imaginárias tampem o nosso sol. Atravessamos o primeiro terço do ano invictos, mas os defeitos do time continuam saltando aos olhos, e espero que a Diretoria esteja atenta e agindo para conseguir reforços que venham ocupar as posições "problemáticas", e assim tornar nosso time mais competitivo e preparado para as competições mais fortes que virão no restante do ano. Um time que "quer ganhar tudo", como jogadores e técnico têm falado em suas entrevistas, não pode se contentar com simples vitórias sofridas contra os Resendes e Bangus do glorioso Estado do Rio.
Mas as críticas recorrentes com as quais concordo em linhas gerais não podem se transformar em uma campanha de cornetagem explícita e burra contra um técnico que, a despeito de alguns erros explícitos, vem conduzindo a equipe no rumo certo: ganhamos a Taça Guanabara, chegamos às finais da Taça Rio, e estamos na terceira fase da Copa do Brasil após duas classificações de um jogo só. Não é justo que uma cobrança excessiva acabe sobrecarregando o time com um peso que não precisa carregar. Quando o time está em campo, a hora é de apoio, para criticar e vaiar, esperem o apito final do juiz.
Que o Flamengo não siga a receita burra dos botafoguenses que enxotaram um técnico por ser "retranqueiro", "defensivo", "cauteloso demais", por armar um "time de uma jogada só", esquecendo que foi justamente com esta fórmula manjada que o mesmo Joel ganhou o campeonato passado. Só espero que em contrapartida, Luxemburgo tenha humildade para reconhecer e corrigir seus erros.

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