segunda-feira, 11 de abril de 2011

COLUNA DE SEGUNDA-FEIRA
Hermínio Correa


Thiago Neves salvando a pátria


Olá pessoal.

Uma das definições que encontrei para a palavra “fé”, diz: “Fé, é a adesão absoluta do espírito àquilo que se considera verdadeiro”;

Sendo assim, lhes digo: Os jogos do Flamengo são um exercício de fé. Na verdade sempre foi e será assim, se considerarmos que tratamos nosso amor ao clube com certa dose de religião. Mas não é bem disso que estou falando hoje.

Então, melhor dizendo: Torcer pelo Flamengo 2011 tem sido um exercício de fé.

Digo isso porque muitas vezes, sobretudo quando a razão não explica determinadas situações, é a fé que nos resta. E uma das questões que não encontro razão que explique nesse momento, é como o Flamengo chega a seu 21º jogo de invencibilidade sem me trazer confiança.

Esperem: Não estou achando isso ruim. Como Rubro Negro, é óbvio que sinto orgulho de obter essa marca, de saber que caminhamos invictos pela temporada, e já classificados por antecipação às semifinais da Taça Rio;

Mas a primeira imagem que a razão associa a um time com tamanha invencibilidade é a do bom futebol, dos passes precisos, de uma zaga segura, um meio campo criativo, um ataque eficiente. Mas, estranhamente, o Flamengo que eu assisto ainda não tem isso.

Muito embora tenha peças para um bom futebol. Muito embora esteja invicto.

E aí, o que me resta senão ela: Fé de que esse time esteja acima dos demais, ao ponto de só jogar o mínimo necessário para passar o rodo e, mesmo quando parece desmotivado com um campeonato chato, retoma seu rumo e obtém sua vaga na semifinal.

Não parece, mas esse mesmo Flamengo, já classificado, havia empatado com Fluminense, Cabofriense e Madureira. Quando se pensa “já era”, vence o Duque de Caxias, expurga a cachorrada vencendo o clássico com relativa superioridade e está classificado. Fácil, simples.

Embora a razão me convença do contrário, quero manter acesa a fé de que esse time seguirá vencendo, principalmente nos momentos decisivos, e que em algum momento passará a jogar não essa bola que ainda o mantém invicto, mas a bola que se espera desse elenco.

Alguém, com direito, pode questionar: O que mais querem, de um time que continua vencendo, invicto?

“Confiança” seria minha resposta. Mas sem um bom lateral esquerdo, um zagueiro mais experiente, um atacante realmente eficiente, fica difícil adquirir essa confiança. E, enquanto ela não vem, tenho fé, de verdade.

E vou continuar curtindo as vitórias do Flamengo, mesmo quando a proposta de jogo, como foi no segundo tempo de ontem, seja esperar o adversários e tentar encaixar contra-ataques.

Saudades do Flamengo que impunha ao adversário sua maneira de jogar, partia para cima buscando definir as partidas... Desculpem, é outro assunto, isso foi só um desabafo.

O Flamengo de hoje exige fé. Estou tentando imputar ao meu espírito, de forma absoluta, a idéia de considerar verdadeiro o fato de que esse time é tão superior aos demais que por isso mesmo vai levando o carioca e a copa do Brasil, até aqui, com os pés nas costas.


Fé não me falta, mas até eu tenho achado isso complicado; Seria tão mais simples se jogassem o que podem e sabem. Mas tudo bem, talvez esteja sendo exigente demais. Do jeito que está o futebol atual, o Mengão vencendo, sendo eficiente, é o que interessa.

Grande Abraço, até segunda e Saudações Rubro Negras, sempre!

Twitter: @herminio_correa

Flamengo Net

Comentários