PAPO DE SEGUNDA - Luciana Zogaib
O assunto do dia foi sem dúvida a aposentadoria do Fenômeno, vamos por partes.
Já em 1994, o garoto do sorriso aberto mostrava seu brilho e, mesmo sem ter entrado em campo, levou sua estrela para aquela seleção que nos tirou da fila de 24 anos. Ali, sem dúvida, pode aprender muito com Romário, Bebeto e tantos outros. Em 1998 era o astro maior da cia, já eleito duas vezes o melhor do mundo, levou o Brasil a mais uma final de Copa. A convulsão horas antes da final e a polêmica até hoje mal explicada, nos tiraram o título que a França ganhou no campo.
Quando todos já o tinham como jogador em fim de carreira devido a sequência de lesões graves no joelho, ele mostrou o porque do apelido e deu ao mundo uma prova de superação pouco vista no âmbito esportivo. Marcou dois gols na final, e trouxe junto com Rivaldo e nosso R10 o PENTA. Ali, pra mim, se eternizou como ídolo, confesso que me emocionei muito, não só pela conquista do título, mas também pela imagem que guardei dele chorando abraçado ao então amigo Rodrigo Paiva (assessor de imprensa da seleção), na beira do campo, minutos antes do apito final.
Como amante do futebol, não tenho como não reconhecer todo o mérito deste gigante. Maior artilheiro da história das copas, 3 vezes melhor do mundo, colecionador de títulos, símbolo maior do marketing esportivo, o ícone de toda uma geração!!!
Mas, como falei lá em cima, vamos por partes.
A decepção de toda uma Nação ao ver aquele ídolo anunciar aos quatro ventos seu amor ao Flamengo, ver ele usar o time de coração para recuperar-se de mais uma lesão e depois ver sair pela porta dos fundos, assinar contrato com um time que, até então, não tinha nenhuma identificação. Ficamos todos rubros de raiva, tamanha traição não conseguimos digerir. Sabemos que hoje o futebol deixou de ser somente amor, é um negócio, mas a questão não era essa.
Ronaldo poderia voltar para o Brasil para qualquer clube, só não poderia alimentar o sonho de tantos torcedores com palavras soltas ao vento. Como torcedor do Mengão que se dizia, não poderia encerrar sua carreira em uma entrevista que além de nem citar o Mais querido, falou que nunca viu torcida tão apaixonada como a corinthiana.
Mais uma vez meu coração rubro-negro se feriu. Acabo por lamentar mais por ele, que acabou pagando o preço de uma escolha errada.
Não só não vestiu o Manto, como se privou de ser reverenciado por toda a Nação. Tenho certeza que seu fim seria mais bonito se cá estivesse. Certamente não seria escurraçado a pedradas de seu clube de coração. Mas hoje é persona non grata para a maioria dos Rubro-Negros.
Eu, respeitando a opinião de todos, prefiro não guardar mágoas, e lembrar apenas daquele moleque que infernizava as defesas adversárias, daquele craque da Seleção Brasileira. Prefiro lembrar que ao seu retorno para o Brasil, ganhamos o Hexa sem fenômeno, mas com Imperador. Prefiro lembrar que, desculpa cara, mas acabamos com seu sonho de Libertadores em pleno Pacaembu (e eu estava lá), prefiro lembrar que hoje temos outro ídolo, seu chará, vestindo o Manto Sagrado. Lembre-se, o Manto é Sagrado, e como tal, merece respeito, sob pena de passar de ídolo a vilão, para nada mais nada menos, que uma Nação.
Já em 1994, o garoto do sorriso aberto mostrava seu brilho e, mesmo sem ter entrado em campo, levou sua estrela para aquela seleção que nos tirou da fila de 24 anos. Ali, sem dúvida, pode aprender muito com Romário, Bebeto e tantos outros. Em 1998 era o astro maior da cia, já eleito duas vezes o melhor do mundo, levou o Brasil a mais uma final de Copa. A convulsão horas antes da final e a polêmica até hoje mal explicada, nos tiraram o título que a França ganhou no campo.
Quando todos já o tinham como jogador em fim de carreira devido a sequência de lesões graves no joelho, ele mostrou o porque do apelido e deu ao mundo uma prova de superação pouco vista no âmbito esportivo. Marcou dois gols na final, e trouxe junto com Rivaldo e nosso R10 o PENTA. Ali, pra mim, se eternizou como ídolo, confesso que me emocionei muito, não só pela conquista do título, mas também pela imagem que guardei dele chorando abraçado ao então amigo Rodrigo Paiva (assessor de imprensa da seleção), na beira do campo, minutos antes do apito final.
Como amante do futebol, não tenho como não reconhecer todo o mérito deste gigante. Maior artilheiro da história das copas, 3 vezes melhor do mundo, colecionador de títulos, símbolo maior do marketing esportivo, o ícone de toda uma geração!!!
Mas, como falei lá em cima, vamos por partes.
A decepção de toda uma Nação ao ver aquele ídolo anunciar aos quatro ventos seu amor ao Flamengo, ver ele usar o time de coração para recuperar-se de mais uma lesão e depois ver sair pela porta dos fundos, assinar contrato com um time que, até então, não tinha nenhuma identificação. Ficamos todos rubros de raiva, tamanha traição não conseguimos digerir. Sabemos que hoje o futebol deixou de ser somente amor, é um negócio, mas a questão não era essa.
Ronaldo poderia voltar para o Brasil para qualquer clube, só não poderia alimentar o sonho de tantos torcedores com palavras soltas ao vento. Como torcedor do Mengão que se dizia, não poderia encerrar sua carreira em uma entrevista que além de nem citar o Mais querido, falou que nunca viu torcida tão apaixonada como a corinthiana.
Mais uma vez meu coração rubro-negro se feriu. Acabo por lamentar mais por ele, que acabou pagando o preço de uma escolha errada.
Não só não vestiu o Manto, como se privou de ser reverenciado por toda a Nação. Tenho certeza que seu fim seria mais bonito se cá estivesse. Certamente não seria escurraçado a pedradas de seu clube de coração. Mas hoje é persona non grata para a maioria dos Rubro-Negros.
Eu, respeitando a opinião de todos, prefiro não guardar mágoas, e lembrar apenas daquele moleque que infernizava as defesas adversárias, daquele craque da Seleção Brasileira. Prefiro lembrar que ao seu retorno para o Brasil, ganhamos o Hexa sem fenômeno, mas com Imperador. Prefiro lembrar que, desculpa cara, mas acabamos com seu sonho de Libertadores em pleno Pacaembu (e eu estava lá), prefiro lembrar que hoje temos outro ídolo, seu chará, vestindo o Manto Sagrado. Lembre-se, o Manto é Sagrado, e como tal, merece respeito, sob pena de passar de ídolo a vilão, para nada mais nada menos, que uma Nação.
* * *
Diante da despedida de Ronaldo, passou quase despercebida a entrega da taça de bolinhas, taça essa que ganhamos no campo, com a maior geração rubro-negra de todos os tempos (80,82 e 83), com nosso ídolo maior, Zico. Como nasci em 1976, aquele título de 1987 foi o primeiro que acompanhei mais de perto e por isso tanto me indigno com quem não sabe reconhecer a superioridade alheia. Ganhamos no campo, vi a volta olímpica, vibrei como nunca e amadureci meu espírito rubro-negro. Roubaram minha história... Apagaram o feito de uma geração de Bebeto, Renato Gaúcho, Zé Carlos, Zico etc... Até então era polêmica, de repente virou verdade absoluta, e todos ganharam mais estrelas, estrelas estas que foram arrancadas do peito de nós Rubro-Negros. Bem que diziam que somos um país sem memória, agora entendo.SRN
twitter: http://twitter.com/luzogaib
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