O Flamengo que não é o Flamengo
O dia de hoje foi marcado pelo fim de uma história. A história da Taça de Bolinhas. A história que poderia ter sido resolvida ao longo dos últimos anos, mas que foi deixada de lado, diretoria após diretoria. Uma arrogância inescrupulosa dessas pessoas que se dizem rubro-negras, SEM EXCEÇÃO.
Senão, vejamos: quantos presidentes tivemos de 87 para cá? 10, 20, 30? Para mim, nenhum. Uns trouxeram Romário. Outros, Adriano, Ronaldinho, etc. Um conseguiu ser campeão brasileiro. Outros 2 levaram uma Copa do Brasil.
Mas, NENHUM deles teve competência para sentar numa mesa e resolver isso. NENHUM.
E hoje, nesta segunda-feira que considero muito triste, o caneco parou na sede dos bambis. Numa boa, como que vou sacanear os caras? Sério. Os caras levaram a taça. Simples assim. Quem merece ser sacaneado é esse povo que "geriu" o Flamengo. São esses caras que me arrumam liminar na madrugada de domingo para segunda. Oras, só pode ser brincadeira com a cara da torcida. Qual o motivo exato para não terem feito isso em 88, 89?
Eu tenho vergonha desses caras. Tenho vergonha pois somos nós que fazemos esse clube respirar. Quando vamos aos jogos, quando assinamos ppv, somos nós que pagamos fortunas por ingressos na mão de cambistas. Nós, torcedores, deveríamos ter um pouco de vergonha nos córnos e cobrar dessa diretoria. Dessa e de todas. Pois essa conversinha de "a taça das bolinhas vai virar objeto sexual" pode ser engraçada numa esquina. Mas, independente do futuro que a taça tiver, a simples presença dela na sede dos bambis tira qualquer legitimidade do nosso título. Eu gosto de ganhar, e de ver lá, no pé da taça, que fomos os campeões legítimos.
Legitimidade é o que vale no futebol. Pois se for assim, vou começar a contar até 78, na Argentina, quando fomos campeões morais.
O Flamengo precisa aprender a se respeitar. Precisa aprender a ser grande. Pois esse comportamento é de time pequeno. Da diretoria e da própria torcida.
E nada mais digo.
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