HOMENAGEM A UM RUBRO NEGRO QUE SE FOI
Não tenho escrito muito. Não tinha cabeça pra isso. Nem assistir aos últimos jogos consegui, fiquei sabendo depois. A última alegria foi ver o Diego Maurício entrar aos 30 minutos do segundo tempo e fazer um gol e dar o passe do outro, no jogo da seleção sub20.
O hospital é um ambiente opressivo, baixa o astral de qualquer cristão. Mas, finalmente, na madrugada deste último domingo, o rubro negro que me formou como homem e torcedor, rendeu-se ao inevitável e se foi. Não vou mais ter os telefonemas pedindo as instruções de onde poderia ver ou ouvir os jogos do Flamengo, nem bem a partida começava. Ele não sabia como mexer no computador e nem se a partida ia ser transmitida por algum canal. Aqui, longe do Rio, onde se formou na Escola Naval e se apaixonou pelo Flamengo, onde se casou na igrejinha do Outeiro da Glória e o casal passou sob as espadas dos colegas oficiais da Marinha, onde nos levou crianças tantas vezes ao Maracanã para ver o Flamengo, aqui nem sempre ele conseguia acompanhar essa paixão. Mas sempre perguntava depois, queria saber como foi o jogo, quem jogou bem. Nos últimos tempos já não se lembrava dos jogadores, se confundia com os campeonatos. O amor muda, se adapta, mas nunca acaba. Vai junto, como diz o hino e a frase do Flamengo até morrer.
Na cerimônia fúnebre, o Guto lembrou de levar a bandeira e cobrir a urna funerária com ela. Alguns oficiais vieram, da Capitania dos Portos de Presidente Epitácio, perto daqui, renderam suas homenagens. Pediu para ser enterrado com a farda, já folgada, pela perda de peso e estrutura. Mas estava bem, altivo e sereno. Como todo flamenguista que cumpriu seu destino, e o fez com honra, deixou vários continuadores desse amor pelo Flamengo.
Meu pai se orgulhava do posto – Comandante Nelson, assim foi conhecido e deixou sua marca.
Que o Flamengo lhe dê uma alegria póstuma e ganhe tudo que puder neste ano triste.
Não tenho escrito muito. Não tinha cabeça pra isso. Nem assistir aos últimos jogos consegui, fiquei sabendo depois. A última alegria foi ver o Diego Maurício entrar aos 30 minutos do segundo tempo e fazer um gol e dar o passe do outro, no jogo da seleção sub20.
O hospital é um ambiente opressivo, baixa o astral de qualquer cristão. Mas, finalmente, na madrugada deste último domingo, o rubro negro que me formou como homem e torcedor, rendeu-se ao inevitável e se foi. Não vou mais ter os telefonemas pedindo as instruções de onde poderia ver ou ouvir os jogos do Flamengo, nem bem a partida começava. Ele não sabia como mexer no computador e nem se a partida ia ser transmitida por algum canal. Aqui, longe do Rio, onde se formou na Escola Naval e se apaixonou pelo Flamengo, onde se casou na igrejinha do Outeiro da Glória e o casal passou sob as espadas dos colegas oficiais da Marinha, onde nos levou crianças tantas vezes ao Maracanã para ver o Flamengo, aqui nem sempre ele conseguia acompanhar essa paixão. Mas sempre perguntava depois, queria saber como foi o jogo, quem jogou bem. Nos últimos tempos já não se lembrava dos jogadores, se confundia com os campeonatos. O amor muda, se adapta, mas nunca acaba. Vai junto, como diz o hino e a frase do Flamengo até morrer.
Na cerimônia fúnebre, o Guto lembrou de levar a bandeira e cobrir a urna funerária com ela. Alguns oficiais vieram, da Capitania dos Portos de Presidente Epitácio, perto daqui, renderam suas homenagens. Pediu para ser enterrado com a farda, já folgada, pela perda de peso e estrutura. Mas estava bem, altivo e sereno. Como todo flamenguista que cumpriu seu destino, e o fez com honra, deixou vários continuadores desse amor pelo Flamengo.
Meu pai se orgulhava do posto – Comandante Nelson, assim foi conhecido e deixou sua marca.
Que o Flamengo lhe dê uma alegria póstuma e ganhe tudo que puder neste ano triste.
Obs: Logo virá o POST do Simões, onde vocês vão comentar o jogo. Não importa, eu precisava prestar esta última homenagem.
|