quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Exorcizando 87

Paulo Lima, de Nova York

A CBF nos reconheceu "oficialmente" como penta, ignorando o título de 87. A decisão, certamente, pautará, mais uma vez, os jornais e a mídia esportiva, novamente resgatando os personagens do imbróglio, repercutindo com os dirigentes e com a presidenta, criando factóides e, mexendo, futricando, revirando o assunto de todas as maneiras. Parece inesgotável. É um saco.

Somos hexa, gente. E ponto final. Vox populi, vox dei. Se os torcedores de outros times e alguns jornalistas acham que não somos, e julgam que os Robertões da vida têm mais valor do que a Copa União, que deixemos pensar assim. Não é o reconhecimento oficial que nos tira o mérito e o valor da conquista, certo?

De toda forma, acho que o reconhecimento do "octa" santista e palmeirense acaba por ter grande valor para o Flamengo. Com cinco ou seis brasileiros, ainda estamos a no mínimo 2 títulos de diferença. Em cinco anos, deixamos de ser hegemônicos, tivemos um título "oficialmente" retirado do palmarès e, de quebra, outros ainda ganharam 3 ou 4 no tapetão.

O que isso quer dizer? Não há mais razão para insistir no assunto. Muito se lutava por reconhecimento de 87 porque, desta forma, seguiríamos no topo deste ranking, ao lado do São Paulo. Vamos ser sinceros. Isso não existe mais. Não faz mais sentido. Sendo assim, não falemos mais nisso. Abandonemos isso. 87 está em nossos corações, e pronto. Aconteceu há 23 anos. 23 anos! É hora de olharmos para frente, rumo a reconstruir nossas vitórias e reconquistar nossa preponderância. Taça de bolinhas? Façam-me o favor. Quero é mais dois ou três troféus novos, isso sim.

É verdade: a gestão atual em nada nos dá otimismo para seguir em frente. Ao contrário: nos estimula e nos dá forças mais para lutar por um título do passado do que a torcer, de coração, para que eles venham a partir de agora.

Mas isso não dará em nada, acabou. Vamos exorcizar esse fantasma e fazer, e logo, o Flamengo de amanhã.

Flamengo Net

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