quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Estádio do Flamengo. Onde Estiver, Estarei

                                                 Quando a maquete vai se tornar real?

 Como se sabe, o prefeito Zito, de Duque de Caxias, ofereceu um terreno para o Fla construir o seu estádio. Como haveria de ser, a questão já gera polêmicas e controvérsias. 

Sabemos também que o Flamengo, onde quer que vá jogar, é sucesso de público e não raro nossa torcida é maioria, inclusive fora do Rio. Na Baixada então, nem se fala.

Um estádio por aquelas bandas, então, seria adequado? Sim, se for construído respeitando as normas de segurança, o modo de torcer do carioca - que não tem muito a ver com esse padrão europeu que vem ditando o modo de se construir estádios mundo afora - e é claro, com planejamento para atender bem ao volume de pessoas que se propuser a receber. Ou seja, devem ser pensadas alternativas para que o trânsito local não sofra reflexos, que não haja tumultos e bandalha por causa de estacionamento, um sistema de transporte publico eficiente blablabla.

Apesar de ser na Baixada, o estádio não fica tão distante, pelo visto.

Estádio para um clube como o Flamengo, aliás, nunca será distante de nada, visto que, como já disse, temos torcida em tudo quanto é lugar.  Sendo nosso, já tá muito bom.

As críticas ao possível empreendimento: maracutaia política, lugar sem estrutura, perigoso e rodeado de vias estreitas.

O primeiro ponto é talvez o mais importante a ser debatido. Não é de hoje que estádios são construídos no Brasil com apoio político. Raríssimas são as exceções. A Gávea, o Morro da Viúva, pra ficar só no Flamengo, foram todos terrenos cedidos pelo poder público. São menos nossos por isso? Acredito que não. Se houver transparência no processo, e o principal, havendo anuência popular, não há nada de errado em o governo apoiar os clubes, seja cedendo terrenos, ou de qualquer outro modo. Os clubes também fazem parte da sociedade, enquanto instituições que arregimentam grande número de indivíduos, e não devem ser desprezados pelos governantes. Inclusive deveriam receber muito mais apoio do que recebem, visto seu papel social, quase sempre desprezado e marginalizado - futebol é esporte de povão, diz uma certa camada elitista e soberba de brasileiros.

Em contrapartida, os clubes, depois de receber apoio público, deveriam atuar de forma mais presente na sociedade que os acolhe. Deveria haver mais projetos sociais, mais ações que promovessem o esporte e a educação dentro de comunidades carentes, capitaneadas por e que levassem a marca dos grandes clubes. Afinal, ninguém vive só de amor. O povo deveria receber algum retorno mais material pelo enorme esforço que faz para manter acesa a paixão que tem pelo seu time, e agora não falo apenas do Flamengo.

Mas quase nada se vê. Os clubes não promovem rigorosamente nada em prol do social.

Se o hipotético estádio do Mengão na Baixada puder contribuir de alguma forma para o progresso e desenvolvimento daquela combalida e esquecida região da nossa metrópole, e de volta receber o apoio dos habitantes locais, acredito que seria um excelente negócio, mesmo que haja interesses políticos por trás. É aquilo, um político vai lá e asfalta uma rua só porque é época de eleição. Ok, sabemos do ardil eleitoreiro, mas melhoria é melhoria. Se o político esquece do lugar em períodos off-eleição, é porque a população também esquece que existem políticos para serem cobrados. 
Já passou da hora de o Flamengo fazer alguma coisa pelo povo e pelos marginalizados favelados que o mantém. E pelo visto, temos uma chance agora. Esqueçamos de quem é o presidente, quem é o político, quem é quem. Só importa o Flamengo, e um estádio, mesmo sendo fora do Rio, só pode ser bom para o clube.

Porque rio poluído, marginalidade e trânsito caótico é o que também não falta perto do Maracanã.

AVANTE FLAMENGO!
Julio Cesar publica o blog "Tua Glória e Lutar"
Obs: desculpem mais esse post aqui no blog sobre estádio. 

Flamengo Net

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