A reta final do campeonato não pode nos fazer esquecer
As últimas nove rodadas nos conduzem a, no máximo, um final digno de ano. Porém, não deixa de ser melancólico vermos os "grandes favoritos" caírem um a um e darem espaço para quem vem de trás. Até o Vasco, que há pouco tempo lutava para não cair, já sonha com a libertadores enquanto Corinthians e Fluminense se complicam até pela taça intercontinental, quanto mais pelo Brasileiro.
A sequência final do brasileirão só comprova o que muita gente já sabia: ao fim de 2009, o Flamengo tinha time e obrigação para brigar pelo título. Vencemos o campeonato mais disputado de toda história dos pontos corridos, decidido aos últimos quinze minutos da última rodada e sem benefícios sucessivos da arbitragem (um ano antes, o São Paulo venceu pela mesma diferença de pontos, mas ajudado em 12 rodadas por erros de juízes). Ao fim de 2009, nossa defesa era instransponível, nosso ataque era fatal e nosso time era sólido.
Bastava manter o time. E nem falo de manter os mesmos jogadores, mas de buscar reposição à altura. Houve tempo para isso, mas não houve competência. É só ver que Zé Roberto, apenas um coadjuvante em 2009 (como notou o leitor BCB), como o grande destaque de um dos postulantes ao G3. O mesmo Zé Roberto que esteve com os dois pés na Gávea, mas foi desprezado por Helinho. "Há outros jogadores no mercado". Sei. Como Montillo, né?
A reta final do campeonato demonstra que nós já tínhamos o mais difícil e fizemos o mais fácil. Não é justo com a torcida ou com a instituição, mas faz jus ao péssimo trabalho desse ano. Colhem o que plantaram. Não esqueçam disso porque em 2011 também vão contar com a paciência das pessoas de bem. As mesmas que foram iludidas e enganadas por palavras doces e choro que encobriram a falta de caráter, incompetência e má intenção desta diretoria. As mesmas que chegaram a acreditar que as coisas estavam melhorando.
Nós tínhamos um time campeão. E eles desmontaram. Não esqueçam disso.
Tiago Cordeiro é jornalista, assina o blog Cronista Esportivo e tem ótima memória.
A sequência final do brasileirão só comprova o que muita gente já sabia: ao fim de 2009, o Flamengo tinha time e obrigação para brigar pelo título. Vencemos o campeonato mais disputado de toda história dos pontos corridos, decidido aos últimos quinze minutos da última rodada e sem benefícios sucessivos da arbitragem (um ano antes, o São Paulo venceu pela mesma diferença de pontos, mas ajudado em 12 rodadas por erros de juízes). Ao fim de 2009, nossa defesa era instransponível, nosso ataque era fatal e nosso time era sólido.
Bastava manter o time. E nem falo de manter os mesmos jogadores, mas de buscar reposição à altura. Houve tempo para isso, mas não houve competência. É só ver que Zé Roberto, apenas um coadjuvante em 2009 (como notou o leitor BCB), como o grande destaque de um dos postulantes ao G3. O mesmo Zé Roberto que esteve com os dois pés na Gávea, mas foi desprezado por Helinho. "Há outros jogadores no mercado". Sei. Como Montillo, né?
A reta final do campeonato demonstra que nós já tínhamos o mais difícil e fizemos o mais fácil. Não é justo com a torcida ou com a instituição, mas faz jus ao péssimo trabalho desse ano. Colhem o que plantaram. Não esqueçam disso porque em 2011 também vão contar com a paciência das pessoas de bem. As mesmas que foram iludidas e enganadas por palavras doces e choro que encobriram a falta de caráter, incompetência e má intenção desta diretoria. As mesmas que chegaram a acreditar que as coisas estavam melhorando.
Nós tínhamos um time campeão. E eles desmontaram. Não esqueçam disso.
Tiago Cordeiro é jornalista, assina o blog Cronista Esportivo e tem ótima memória.
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