Perguntas que não querem calar
Pois é, meus camaradas. O Zico saiu. Não agüentou tanta sujeira. Pudera. Foi ameaçado, boicotado, caluniado, usado. Tão covardes que são estas pessoas que o tiraram de lá, que escondem a cara atrás da carcaça fedorenta e disforme desse tal Leonardo Ribeiro. Sujeito que atende pela alcunha de Capitão Leo, mas um mero jagunço, um títere, de gente mais graúda a quem Zico tanto desagradou enquanto esteve no comando do futebol do Flamengo. Mas não tem nada não. Zico há de voltar. Só espero que não cometa o mesmo erro de misturar o Santo nome que tem, ao de pessoas de caráter moral duvidoso, como algumas que abundam na direção do clube.
Mas, agora que Zico saiu mesmo, seria interessante que a diretoria e o Conselho Fiscal do clube explicassem algumas questões. Os jogadores das divisões de base que estavam no Flamengo sem pertencerem ao clube e com os direitos 100% vinculados a empresários amigos de gente do próprio Conselho e da diretoria e que foram dispensados por Zico serão contratados de volta, agora que saiu o Homem que estava desratizando aquilo ali?
O senhor Leo Rabello, amigo de Helio Ferraz e George Helal, e um dos principais financiadores da campanha de Patricia Amorim à presidência do Flamengo, voltará a ter trânsito livre no futebol do clube (divisões de base incluídas) depois da saída de Zico?
Quais são exatamente as relações de Patrícia Amorim com a construtora Cyrela?
Por que, desde o início do ano, o ingresso dos jogos do Flamengo é mais caro do que os dos outros rivais cariocas? Aliás, por que o tema “ingresso” gera tanta polêmica na Gávea? Será que tem alguma irregularidade ali?
Por que tanta gente tem urticária só em ouvir falar de “mudança do estatuto” ou “autonomia para o futebol” no Flamengo?
E, afinal, por que Homens de Bem não conseguem trabalhar no futebol do Flamengo?
|