sexta-feira, 30 de julho de 2010

O inferno de Zico

* Por Lucas Dantas, do OleOle

Não existe Deus sem um inferno, já dizia lá aquele livro de 2010 anos. Zico, considerado pelos Flamengos (e por mim) como a encarnação Dele na Terra, não poderia ser uma exceção. Não posso, nem vou, dar o nome do diabo da vez. Mas ele existe. Está na Gávea. E Zico lutará para expurgá-lo.

O texto maravilhoso de Lucio de Castro (para quem não leu, aqui) não me surpreendeu nem um pouco. É forte? É, mas aqui mesmo nesse espaço eu já havia dito que "muita gente lá dentro já está arquitetando a queda do Galo". E é verdade. O próprio Zico sabe disso.

É triste e lamentável que diante do cenário que temos, tanta gente esteja contra e pensando nos mais variado$ intere$$e$. Zico é o primeiro nome em (não sei, 30 anos?) sério a assumir o futebol rubro-negro. Incorruptível. Chegou falando o que o Flamengo precisa, com a bagagem necessária e blindagem adquirida em mais de 20 anos de serviços prestados dentro de campo.

Gênio que foi, virou técnico e com times de medianos a medíocres ainda conquistou taças. Nunca se furtou a falar o que pensava e dobrou até pequenos marrentos como o Romário, que já entendeu a importância e a força da imagem do Zicão.

Preciso repetir isso o tempo todo, a cada texto?

Sim, porque tem gente que não entende. Que ainda faz a imbecilidade de querer separar o dirigente do jogador. Desculpem, mas isso é um burrice sem tamanho.

Zico, no Flamengo, é um só. Ele mesmo sabe disso. Jogador e dirigente são funções diferentes, nada mais, porém com o mesmo intuito de apenas e tão somente ajudar o clube. É o mesmo Zico do Flamengo.

Zico jogador já falhou com o Manto. Mas sempre tentou o máximo. O Zico dirigente fará o mesmo. Vai errar, acertar, mas não pecará por omissão nem usará de bravatas escrotas ou cartinhas recalcadas para mascarar a própria incompetência.

É incrível que ainda tenha gente com o pensamento atrasado de "precisamos de um craque, não de um CT". Talvez sejam pessoas que acreditam que é o passado, e não o futuro, que ainda está para acontecer. Não observam os exemplos cada vez mais frequentes de clubes que pensam na estrutura primeiro para depois montar seus times competitivos e vencedores. Acreditam mesmo que o hexa veio fruto de um trabalho calculado visando o craque e só o craque.

Zico, sozinho, foi mais craque que todo o time campeão no ano passado. E Ele mesmo sabe da necessidade de começar a fazer esses jogadores decisivos em casa, ao invés de sair alugando por aí. A história do Flamengo mostra isso. Mas acostumada com os factóides e manchetes de jornal, boa parte da torcida ignora essa história.

Façam como diz o mestre Arthur Muhlenberg e fechem com o certo. Leiam as páginas do Novo Testamento Rubro-Negro ao final desse texto. Temos pela primeira vez na história um dirigente que nos dá orgulho de dizer seu nome. E o melhor, é só do Flamengo.

Deixem as múmias da Gávea se enrolarem sozinhas e sumirem na própria poeira. Só criança acredita em assombração. Quando crescemos, elas viram histórias bobas e passam a fazer parte do folclore. Viram o Presidente Sem Cabeça, o Saci Tereleite, a Raposa Felpuda do Pastoreio...

Além disso, não fiquem querendo dar conselhos ao Zico. Não dizemos a Deus o que fazer. Ouvimos em silêncio em pronto. Zico sabe o que faz. E acreditem, Ele entende de futebol um pouquinho mais do que nós. Só um pouquinho, quase nada. Uns 800 gols a mais.

Zico é foda. Longa vida ao Rei.

(cliquem nas imagens para ver no tamanho legível)



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