sexta-feira, 30 de julho de 2010

COLUNA DE SEXTA-FEIRA - André Monnerat

O time para o jogo de domingo

Estou chegando à conclusão de que não vale a pena insistir em publicar textos tentando analisar o time que Rogério deverá colocar em campo na próxima partida. Com uma frequência incrível, eu me baseio no que ele fala ou no que ele treina e depois descubro que ele acabará escalando outra equipe. Ele pode mudar no último treino, pode mudar no vestiário, enfim. Por isso, pra esta semana, pensei em fazer um pouco diferente.

Em vez de tentar escrever sobre o que Rogério fará, pensei em colocar aqui o time que eu escalaria se estivesse no lugar dele. Mas, vejam vocês, não consegui chegar a uma conclusão.

O normal é que Rogério escale Correa, Willians, Kléberson e Petkovic no meio-campo. Não gosto muito; com esta escalação, ou teríamos um quadrado com Willians fixo como volante e Kléberson se adiantando para jogar como um verdadeiro meia, ou um losango em que Willians e Kléberson se alternariam entre a ajuda a Petkovic na armação e a marcação mais atrás. O problema é que nem gosto de Kléberson como meia, nem acho que Willians possa jogar bem com este posicionamento mais adiantado. Talvez fosse o caso de fixar Willians mais atrás e avançar um pouco Correa; mas este já jogou numa função próxima a esta contra o Inter e não agradou muito.

Outra alternativa seria colocar Camacho como titular, fazendo o papel do segundo meia; mas, embora goste dele, acho que dar-lhe esta responsabildade hoje é arriscar queimá-lo com a torcida. Hoje, eu usaria Camacho como reserva de Petkovic, entrando em seu lugar durante os jogos sempre que o sérvio começasse a cair de rendimento - mas Rogério prefere deixar o gringo sempre em campo, mesmo já cansado, por acreditar que ele possa resolver o jogo num lance isolado qualquer e que assim ele vai ganhar mais condicionamento com o tempo. Não é o que eu faria; acho que o time perde demais fisicamente e costuma ser dominado no fim das partidas, além de realmente não ter confiança de que Pet, nessa idade, possa vir a aguentar mais do que já vem aguentando. Vejo como mais produtivo usá-lo no seu máximo enquanto possível e aproveitar seus momentos de cansaço pra ir dando mais oportunidades a um jovem em quem vejo futuro.

Na minha cabeça, a melhor maneira de aproveitar Petkovic seria usar um 4-2-3-1, no qual os meias abertos ajudariam na marcação e fariam com que Pet precisasse ajudar o mínimo possível na marcação, se poupando apenas para criar. Mas hoje, ainda mais sem Marquinhos, quem seriam os dois jogadores para fazer este papel de meias-atacantes abertos? Pacheco e Michael? Complicado voltar a imaginar um time do Flamengo com os dois juntos em campo. Será que valeria tentar adiantar Juan ou Léo Moura para esta função?

Enfim: sinceramente, não sei. Mas estou curioso pra ver o rendimento de Val Baiano no comando de ataque, pois Diego Maurício não tem, pelo menos por enquanto, condição de ser o homem de referência do time na frente. E me preocupo com a provável escolha de Jean como titular na zaga; só assisti ao cara jogando uma vez, mas não gostei nada do que vi. A esta altura, vejam vocês, me sentiria mais tranquilo indo de Wellington mesmo.

Meu chute do que Rogério deverá escalar: Marcelo Lomba, Léo Moura, Jean, Angelim e Juan; Correa, Willians, Kléberson e Petkovic; Vinícius Pacheco e Val Baiano.

E o que talvez eu fizesse, sem muita convicção: Marcelo Lomba, Léo Moura, Wellington, Angelim e Rodrigo Alvim; Correa, Kléberson (Willians), Juan, Petkovic e Vinícius Pacheco (Kléberson); Val Baiano.


• ANDRÉ MONNERAT escreve também no SobreFlamengo (www.sobreflamengo.com.br e twitter.com/sobreflamengo)

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