segunda-feira, 19 de julho de 2010

COLUNA DE SEGUNDA-FEIRA
Hermínio Correa

Reinício promissor

Olá pessoal, Saudações Rubro Negras!

Depois de um longo e necessário período de afastamento de minhas atividades enquanto colunista é com grande prazer que estou de volta para falar um pouco do Mais Querido.

Confesso não ter imaginado um retorno de Copa tão positivo para esse atual time do Flamengo. Meu lado crítico teima em acender uma luz de alerta lembrando que ganhar de Botafogo (15º colocado) e Atlético GO (lanterna), mesmo fora de casa, não é lá essas coisas. Mas o Flamengo passou por um período tão conturbado dentro e fora de campo nos últimos dias que essas duas vitórias, e por consequência a presença no G-4, se mostram totalmente elogiáveis, dignas de comemoração.

Verdade que o Flamengo não foi brilhante em Goiânia. Em termos estratégicos e táticos, foi uma partida muito parecida com a disputada na segunda rodada contra o Vitória em Salvador, exceto pela condição do gramado. O time joga um bom primeiro tempo, procurando jogo, partindo para cima, buscando oportunidades. Mas a volta para a etapa final foi mais uma vez de um futebol muito burocrático, cadenciado ao extremo, usando da perigosa tática do recuo excessivo.

Mais uma partida em que os minutos finais foram de uma pressão desnecessária. Naquela partida ainda fomos castigados pelo gol de falta aos quarenta do segundo tempo. Nessa, o desvio em Angelim salvou e garantiu os três pontos.

Que o time tem mostrado vontade e corrido bastante, não há dúvidas. A forte marcação e a roubada de bola continuam existindo, quase que como uma marca registrada de um eficiente Willians, reforçada ainda pela boa estréia de Corrêa. O problema é a sequência da jogada, quando não se consegue dar agilidade na saída para o ataque.

Ataque esse que, obviamente, sente a perda da dupla Love / Adriano. Ontem por exemplo, a única finalização de um atacante “nato” ocorreu já no final da partida, com o estreante Cristian Borja. A falta do homem de referência impede um melhor aproveitamento das velocidades de Diego Maurício e Vinícius Pacheco.

Tal qual o ano passado, o meio campo se vê totalmente dependente do incansável craque Petkovic. Torna-se repetitivo elogiar o maestro desse time. Mas é importante e urgente que se consiga um companheiro – ou substituto – à altura: Falou-se em Riquelme, Montillo. Cada um seguiu seu caminho, mas o Flamengo ainda carece de um cérebro à altura do Sérvio.

Por último, não poderia deixar de destacar as seguras e decisivas atuações do goleiro Marcelo Lomba. Não que se duvidasse de sua capacidade, afinal há bastante tempo já se comentava pela Gávea que uma vez titular, dificilmente cederia essa vaga. Quem acompanha o jogador desde as categorias de base conhece seu potencial, sabe de sua competência e de seu comprometimento com o clube.

Mas não havia um momento mais conturbado para alcançar essa titularidade, quando de uma hora para outra todos os holofotes se viraram para ele, carregando junto o peso de se afirmar enquanto titular do gol Rubro Negro.

E mesmo com toda a pressão sobre suas mãos, tem se mostrado efetivamente decisivo nas vitórias. O que só ressalta, ainda mais, sua capacidade.

Com seus defeitos, suas imperfeições, é esse Flamengo que jogo a jogo vai embalando a torcida, nos devolvendo o prazer de andar com a cabeça erguida, com o Manto estampado no peito.

Parece que o recado do Galinho, dando a esse elenco a responsabilidade de voltar a dar alegrias ao torcedor do Flamengo, não só foi ouvido mas principalmente entendido. E nós vamos agradecendo, curtindo essa alegria em ser Rubro Negro.

Grande Abraço, até segunda e Saudações Rubro Negras, sempre!

Flamengo Net

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