segunda-feira, 28 de junho de 2010

Sobre o jornalismo canalha e suas vertentes

Antes de dissecar o título, duas afirmações:

1 - Tenho amigos jornalistas, todos extremamente competentes, e, diga-se de passagem, comprometidos com a verdade. Que fazem uso do verbo achar somente quando as esposas perguntam: "Achou essa meia imunda embaixo da mesa?" Portanto, se você é jornalista e curte uma verdade verdadeira, esquece desse texto. A carapuça mal vai passar perto de você

2 - Não se trata de defender ou atacar o Bruno. Se trata de entender que as provas provarão alguma história. #ounao

Bom, vamos lá. O sumiço da menina é algo grave, claro. E chama a atenção pelas declarações de ambos, tanto dele quanto dela. Um perguntou quem nunca saiu no tapa com namorada. A outra disse que, caso alguma coisa lhe acontecesse, o goleiro seria o culpado.

Aí ela some.

E começa a infernal vigília de quem desrespeita o juramento de jornalista e, acima de tudo, o público que lê, assiste e ouve.

Caímos então no verbo achar. Um cara (nota do autor: não vou dar nome aos bois. Não por medo. Mas por acreditar que esse texto se tornaria imundo com a simples digitação das letras que compõe estes nomes) começa a colocar palavra na boca de um entrevistado, como se quisesse fazer o cara dizer "caraca, tu tá maluco? Tem um corpo lá sim; quero dizer, ACHO que tem, eles acharam uma lona preta, uma picareta e uma pá". Ou, a nova onda, "eles teriam encontrado uma picareta suja.

Na boa, que tipo de jornalismo é esse? Que tipo de notícia é essa que, deliberadamente, permitimos entrar na nossa casa? E os portais então? Com a internet e os sistemas de atualização de notícias, é fácil alterar os textos. Você vai lá e publica "encontraram um corpo". Cinco minutos depois, cientes de quem fizeram merda, abrem o editor e metem um NÃO. Pronto, notícia correta. Excelente. Jornalismo de primeira.

Em face de tudo que tenho visto e lido, recomendo aos que visitam este blog que reflitam um dos conceitos que um grande amigo pregou: "Esses caras que ficam por aí escrevendo merda nunca foram pra uma trincheira de guerra entre polícia e traficantes. Nunca entrevistaram uma mãe que acabou de perder um filho inocente. Nunca viram um morto de verdade. É por isso que eles desrespeitam tanto a notícia, e, mais grave ainda, os leitores/espectadores/ouvintes".

Não se trata de puxar a sardinha, mas uso esse exemplo pra cuidar do blog que participo no Terra. Todo dia tem notícia nova nos meios de comunicação, e sempre, naturalmente, tem um nome novo dizendo algo novo. Aprendi com a teoria acima e com o Juan Saavedra. "Alex, conselho de amigo: não se baseia no que você lê. Conversa com o cara que disse. Conversa com o envolvido diretamente. E sempre, mas sempre mesmo, leva um gravadorzinho ou uma digital. Se, algum dia, o entrevistado te olhar e negar o que disse, você tem a informação correta".

Concluo: pensem antes de prender alguém. Volto a dizer: não estou defendendo o Bruno. Muito pelo contrário. Acredito que, doa a quem doer, a justiça há de ser feita. Mas se basear no jornalismo canalha de alguns e nos achimos...não sei. Eu prefiro esperar. Quem gosta de especulação é o pessoal da bolsa de valores.

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Me peçam qualquer coisa. Menos pra ser fã de um cheirador de péssimo caráter que agora resolveu tirar onda de bonzinho. maradona - com minúscula mesmo - nunca foi exemplo pra ninguém. Pelo menos não da minha família. Quem me prova que ele não jogou dopado a carreira (sic) inteira? Me desculpem, mas se quer torcer pela argentina, sai um vôo amanhã cedo pra Buenos Aires.

A opinião acima é de minha total responsabilidade, e não se trata, em momento algum, do posicionamento do blog FlamengoNet.

E nada mais digo.

Ah, digo sim. Amanhã publicaremos o texto vencedor com o nome do nosso novo colunista.

Agora sim, nada mais digo.

Alex do triplex no twitter: http://www.twitter.com/alextriplex


Flamengo Net

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