segunda-feira, 17 de maio de 2010

Quem viu, viu. Quem não viu, pode ver.

*Por Lauro Moraes, leitor do blog

Dia de sábado é o mesmo esquema de sempre, me arrumo e vou para a tradicional “pelada”. Mas neste último fim de semana, eu me vi diante de um impasse. Aconteceria na cidade o jogo do Flamengo Master contra a seleção do distrito industrial de Manaus, e eu bisonhamente fiquei na duvida se ia “fazer raiva” no futebol ou se ia assistir o desfile de Craques Rubro Negros.

Passado o momento de lerdeza mental, decidi ir com a patroa ao jogo dos imortais flamenguistas. E sinceramente, não me arrependi da minha escolha. O resultado (um empate em 2x2) não tirou o brilho da partida. O estádio com capacidade para 5.000 mil pessoas recebeu um público de quase 4 mil. Torcedores de todas as gerações prestigiando os heróis da Nação. Ao meu lado, um garoto de aproximadamente 8, 9 anos, estava radiante por ter conseguido um autógrafo do Andrade. O mesmo repetia constantemente que iria fazer uma moldura da camisa.

Só para listar algumas “mágicas” , compartilho com vocês o que eu vi naquele estádio:

- Eu vi um volante do jogar de cabeça erguida, recebendo a bola e fazendo lançamentos em ponto futuro como se fosse a coisa mais fácil do mundo. Jogou com a camisa 6. Seu nome? Andrade;

- Eu vi e tive orgulho de ver Gilmar Popoca, amazonense da terra, vestir a camisa do Flamengo e fazer um gol pelo time no nosso estado;

- Eu vi Julio César “Uri Gueller” dar um “elástico” e fazer a bola passar em um espaço de meio metro entre o zagueiro e a linha de fundo.

- Eu vi Rondinelli, mesmo pressionado por 2 adversários, matar a bola no PEITO dentro da ÁREA após um CRUZAMENTO e sair jogando normalmente. (Esse deveria editar um DVD e vender pra esse bando de zagueiros pernas de pau que existem por aí. Ia ganhar muito dinheiro)

- Eu vi Adílio jogar como ora como ponta de lança, ora como meio campo. Drible seco, lançamento nas costas dos zagueiros. Ah, só pra frisar, ele não errou 1 lançamento sequer. E todos os passes, curtos ou longos, deixaram seus companheiros na cara do gol.

- Eu vi Nunes, danado como sempre. Mostrando que centroavante não é só um poste em campo. Saindo atrás da linha dos zagueiros, em diagonal para receber livre de marcação. Fora um lance lindo na entrada da área, no qual ele tirou o marcador com um drible à la Garrincha, só passando a perna em cima da bola.

Enfim, teria que escrever bem mais do para transmitir o que eu senti ao ver aquele jogo. Fora esses que citei acima, ainda estavam em campo Válber, Nélio, Piá e outros.

E digo com toda a certeza. Quem tiver a oportunidade de ver um jogo desses, não perca. Cinema, “pelada” e churrasco de gato com os amigos tem todo o final de semana e qualquer vinte “real” paga. Já ver esse desfile em campo, ver a cara de felicidade do Adílio e do Andrade ao serem ovacionados pela torcida, realmente não tem preço. Feliz de mim que um dia poderei dizer aos meus filhos que vi parte do time mágico de 80 em campo. Realmente impagável.

Flamengo Net

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