Já é fato: A limpeza ocorreu, saiu Andrade e a cúpula do futebol do Flamengo. E Joel, que era primeira opção, optou por continuar no Botafogo.
Sobre toda essa bagunça, expondo meu ponto de vista, aconteceu o que tinha que ocorrer. Torcedor costuma ter memória curta e talvez mal se lembre que Andrade foi efetivado por força do elenco - esse mesmo elenco que agora decidia treinar quando e como queria. Era o técnico ideal, àquele momento, para manter as regalias que queriam os jogadores. E por nossa sorte esse elenco decidiu querer "correr" por ele. Ganhou o Hexa.
Os jogadores trabalharam como quiseram. Andrade ganhou projeção. Tudo certo entre eles.
Andrade nunca teve e nunca teria pulso frente a esse elenco. E o Braz, como homem forte do futebol, foi conivente com tudo isso. Pior: Quando tinha um problema mais grave como as recorrentes crises com Adriano ou Petkovic, não tinha ele também pulso para resolver. E tudo se resolvia na sala da presidência.
Para mim, uma completa aula de falta de comando. Porém há um detalhe: Toda essa transição poderia (e deveria) ter ocorrido em dezembro, de forma clara, menos traumática. E não às portas da partida mais importante do ano até o momento.
Na minha cabeça Joel seria apenas "mais do mesmo", por isso minha satisfação ao ver que ele não assumirá o Flamengo. O mais difícil para começar arrumar a casa a Patrícia fez: Passou o rodo em geral. Que agora use apenas um pouco mais de tranquilidade e de seu espírito de profissionalismo e contrate as pessoas corretas.
Quando vejo que Leonardo é o nome cotado como homem forte do futebol, fico muito feliz. Se vai aceitar ou não é outro caso. Quando vi o nome de Joel cotado como novo treinador, senti que continuaria tudo como antes. Ainda bem não aceitou.
E tão claro como muito do que está escrito, é a influência que alguns jogadores como Adriano, Álvaro e Bruno tem sobre tudo que se relaciona a planejamento no departamento de futebol do clube. Seja Muricy, Luxemburgo, Abel. Há de ser alguém que recoloque as coisas nos seus devidos lugares e imponha o mínimo de profissionalismo a esse elenco.
O remédio é amargo, mas muito necessário. Torço que o Flamengo saia maior disso tudo.
Hoje já é sábado, e até então, desde nossa classificação, os assuntos são das quatro linhas para fora. Não temos técnico - não desrespeitando o interino Rogério - nem Vice de Futebol para relembrar ao elenco que quarta tem jogo: O jogo. E alguém precisa fazê-lo, urgentemente.
Nada nesse momento é mais importante do que a partida de quarta feira contra o Corinthians. Nada é mais importante do que cobrar desse elenco o mínimo de vergonha na cara. Até agora a incompetência desse time do Flamengo não conseguiu, sozinha, ser grande o bastante para ficarmos fora: Multiplicaram ela por três, ao citarmos as incapacidades de Cerro e Racing do Uruguai, mais a do Deportivo Quito do Equador, e assim ganhamos a chance de seguir.
Não tenho dúvidas de que a magnética, como sempre, fará o seu papel e lotará o Maracanã. E no que depender dessa torcida, entrará em campo e assumirá seu posto, sua camisa. Se necessário for será dessa torcida que virá a raça, o grito, a força de que precisará o Flamengo em busca de sua glória. É nessa hora de crise mesmo que temos que ser a razão, o apoio.
Agora é para gente grande, não dá mais para molecagem. Quarta feira, com crise ou sem ela, é dia de suar sangue pelo Flamengo. Não é pelo Andrade, pelo Braz, pela Patrícia ou qualquer outra pessoa.
Suar sangue pelo Flamengo.
Parafraseando então nosso "capitão" Bruno, que em entrevista ao GE.com disse: " - Não quero falar agora. Deixa esse momento ruim passar. Agora é ganhar, xará. Só assim as coisas melhoram."
Amém "xará", amém. Que a prática se alinhe ao discurso.
Saudações Rubro Negras, sempre!
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