quinta-feira, 25 de março de 2010

Em busca dos ídolos

O time de vôlei do Sesi-SP contratou José Montanaro Júnior, um dos grandes nomes do voleibol nacional, como supervisor das categorias de base das equipes masculina e feminina de voleibol e já tinham o bom e velho Giovane como técnico. A rede Globo privilegia os jogos do Corinthians na grade porque sabe que o gordo carrega pontos de audiência e marketing para onde quer que vá.

Não há dúvida: ídolos são indispensáveis a qualquer clube grande hoje em dia. Mesmo que a infraestrutura seja melhor para a instituição, não duvide que as torcidas prefiram muito mais ver grandes nomes com a sua camisa.

No Flamengo, todos sabemos como a vinda de Adriano foi importante. Em seu primeiro jogo, marcou um gol e colocou vários jogadores do time na capa da imprensa internacional. O quanto Vinícius Pacheco não se valorizou ao dar um passe para o gol do Imperador na noite de ontem?

Por isso, é louvável que o clube pense em Ronaldinho Gaúcho como novo alvo das contratações com a quase inevitável saída do Império do Amor. Afinal, "o dentuço" é estrela de primeira grandeza que traria praticamente o mesmo nível de holofotes que Adriano trouxe. E na troca de um garoto-problema por outro, o Flamengo manteria o mesmo nível de custo-benefício. Ao menos, na teoria.

Tudo isso para manter o valor da marca Flamengo. E aí é um ponto que devemos refletir. No ano passado, muitas pessoas comemoraram o fato de um Instituto de Pesquisa avaliar que estamos em primeiro lugar como o clube mais valioso. Porém, poucos perceberam que torcidas diametralmente inferiores estavam próximas demais do nosso quinhão. É uma proximidade ameaçadora.

Contratações como a de Adriano são exceções que dependem de muito planejamento, condições de mercado e uma boa dose de sorte. É só ver que antes do Imperador um nome do mesmo nível foi possível láaaa pelos idos de 95 quando o clube trouxe o então maior jogador do mundo.

Por isso, mais do que ídolos o Flamengo precisa buscar um caminho para que sua marca valha no mesmo tamanho da sua torcida. Mais do que nomes consagrados, precisamos também de mais infraestrutura, projetos de marketing (o Vinícius Paiva fala bem melhor a respeito disso) e, pasmem, um estádio nosso com a nossa bandeira e nosso símbolo, que será divulgado em qualquer evento que ocorrer lá. Perdemos uma oportunidade de ouro com a Copa do Mundo. Não vamos perder mais chances: o que o clube planeja em relação às Olimpíadas?

Somos um clube forte no futebol e em outros esportes, disputamos várias competições temos história e temos a maior torcida do Brasil. É hora de começar a inverter o jogo e tornar a marca Flamengo mais valiosa para trazer nomes consagrados ao invés de depender exclusivamente dos ídolos para valorizá-la.

Porque o Flamengo é maior do que tudo. E do que todos.

Flamengo Net

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