segunda-feira, 22 de março de 2010

COLUNA DE SEGUNDA-FEIRA
Hermínio Correa

Balanço pós maratona

Olá pessoal, Saudações Rubro Negras!

Na verdade não teve ainda o “fim da maratona”. Mal acabou o clássico, já temos o Tigres pela frente na próxima quarta. Depois virá o América para só então ter uma semana de folga para trabalhar. Mas é inegável que a pior parte era essa inicial, com duas viagens ao exterior e dois clássicos por disputar.

Pela Libertadores, apesar do ótimo resultado na Venezuela, a derrota contra o Universidad na última quarta feira serviu para ligar o alerta do grupo. A forma como perdemos para uma equipe que respeitou e deixou o Flamengo jogar e a gritante desorganização da equipe, já evidenciavam a necessidade de ajustes no meio campo e na proteção à defesa.

Com a derrota, o jogo de volta contra os Chilenos ganha contornos de decisão. Só a vitória interessa, ou passaremos a depender de outros resultados. É o jogo para se retomar a liderança, ou a derrota no Chile terá nos custado muito mais caro do que parece.

Já nos clássicos pela Taça Rio, jogamos mal o primeiro e ganhamos. Já o segundo foi um bom jogo, mas só conseguimos arrancar o empate nos acréscimos.

Essa partida contra o Botafogo é daquelas de deixar o torcedor pensativo pelos aspectos positivos e negativos apresentados pela equipe.

O time teve maior posse de bola. E melhor do que isso - bem ao contrário do que se viu em Santiago - errou poucos passes, tendo um aproveitamento de 92% (segundo scout site www.rankingfutebol.com). E Adriano, pivô de tantas discussões extra-campo nas últimas semanas, mesmo que completamente fora de forma física e técnica, conseguiu fazer dois gols.

Como nosso amigo André Monnerat muito bem demonstrou em seu texto de sexta feira, estivesse o Adriano com a forma em dia, seria ainda mais decisivo do que tem sido. É esse Adriano que o Flamengo tem que recuperar, devolver a alegria de jogar e colocar em campo.

Mas voltando ao jogo, ontem alguns problemas se tornaram ainda mais evidentes. E o principal destes está à frente da defesa.

Seja com Petkovic ou com Vinicius Pacheco, o meio campo não oferece combate. Quando a equipe adversária avança, quase sempre chega à intermediária de defesa do Flamengo carregando a bola com liberdade. Isso tem sobrecarregado nossa linha de zaga.

Temos dois cabeças de área roubadores de bola, Toró e Willians, mas nenhum deles sem muita inspiração para dar velocidade e qualidade a essa saída para o ataque. Além disso, seja por excesso de vontade ou sobrecarga na função, quase sempre saem de campo no mínimo com um cartão amarelo, comprometendo a marcação durante as partidas.

Para corrigir isso, a melhor opção parece ser a volta de Maldonado. Já é o momento do técnico Andrade dar ritmo de jogo ao Chileno (provavelmente no lugar do Toró), mantendo dessa forma um bom nível de proteção à defesa e mais qualidade na saída de bola da defesa.

O ataque também carece de melhorias. Quando o meio campo não consegue fazer a bola chegar, alguém (Love) recua e busca fazer essas ligação. Mas as jogadas tem esbarrado no “homem de referência”, já que temos um Adriano sem ritmo, sem mobilidade, que não consegue dar seqüência. E assim o time parece engessado, exatamente no setor onde, no papel, tem sua maior força.

A fórmula é a mesma e parece urgente: Colocar em forma. Com Maldonado e Adriano jogando o que sabem, o time volta a ter equilíbrio. Agora, como administrar isso com jogos quarta e domingo, deixo na mão da comissão técnica.

América e Friburguense são jogos para dar oportunidade a Maldonado e tirar o Adriano para recuperar sua forma ideal.

Essa é a minha aposta.

Grande Abraço, até segunda e Saudações Rubro Negras, sempre!

Flamengo Net

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