sábado, 7 de novembro de 2009

Nosso Mundo é Flamengo - Rubro-Negrismo

Por Thiago Gonçalves*

Confesso que sou um romântico do futebol e essa minha maneira de ser pode influenciar esse meu texto. Acredito que o Flamengo é sim, um clube diferente dos demais, que tem particularidades e que não somos apenas mais uma torcida. Passando esse meu ponto de vista para o lado do time de futebol, acho que um jogador deve ter noção dessas diferenças e ter consciência que não está num clube como qualquer outro que esteve antes.

Em semana de lançamento do Manual de Rubro-Negrismo Racional, livro escrito pelo nosso amigo Arthur Muhlenberg, custou-me ler declarações de alguns de nossos jogadores dizendo que desconhecem por completo a história dos jogos contra o Atlético-MG e daí a grande rivalidade entre os clubes. Zé Roberto disse que nasceu no final de 80 e que não sabe muita coisa. Álvaro disse que não se lembra muito, mas que tem DVD’s em casa...

Quero deixar bem claro que eu não os critico, até porque são jogadores do Flamengo o que não significa que sejam torcedores do Flamengo. Eu próprio, que sou TORCEDOR do Flamengo, que devoro textos sobre o Mais Querido e que me preocupo em aprender, desconheço vários pontos mais antigos de nossa História. Digo isso apenas para deixar claro que não critico os jogadores por essa falta de cultura.

Mas então qual a minha idéia? Apesar de nunca ter ouvido falar de nada parecido em nenhum outro clube de futebol no mundo, isso para mim não me interessa porque já disse que considero o Flamengo único e diferente dos demais, a minha idéia seria lançar um projeto de Rubro-Negrismo para qualquer jogador que fosse contratado para defender nossas cores.

Temos tantos ídolos que não estão ligados a mais nada no nosso clube e que poderiam, simplesmente, orientar algumas palestras contando histórias de jogos decisivos, de jogos que a torcida foi fundamental na vitória, ou seja, de jogos em que realmente o fato de ser o Flamengo a jogar fez uma diferença. Falo de Nunes, Rondineli, Zagallo, Adílio, Carlinhos Violino ou tantos outros. E por que não chamar o Melo para apresentar essas palestras ou na impossibilidade de tal coisa por questões de distâncias, passar a palavra dos seus excelentes textos para que os jogadores conhecessem melhor a nossa história?

Eu sei que a idéia é um pouco utópica, mas vocês têm alguma dúvida de que se nossos jogadores soubessem de certas particularidades nossas, as coisas muitas vezes tornar-se-iam mais fáceis? Se eles soubessem o verdadeiro significado prático do DCF não seria uma mais-valia para o grupo? Eu acho que sim.

PS: Amanhã vou almoçar galinha com couve à mineira para entrar no clima pro jogão. Estou pilhadaço e já sei que o fim de semana vai ser só isso no pensamento.

PS2: Alguém tem alguma dúvida que Atlético-MG x Flamengo é o maior jogo da rodada? Eu não, mas as Organizações Globo parecem ter. Mesmo pagando PFC Internacional + Globo Internacional, eu terei que me contentar em assistir a essa final via Justin já que dos seis jogos transmitidos ao vivo por esses canais nessa rodada, nenhum será o jogo do Flamengo. Vida que segue e via Justin ou via Rádio Globo, a força será a mesma. Pra cima deles Mengoooooo!!!!

*Thiago Gonçalves mora em Braga, Portugal, e já avisou a tudo e todos que amanhã o mundo pode acabar mas que às 18:00 tem que estar em frente a um computador para ver o jogo. Ah, e ele também escreve no Mundo Flamengo (www.mundoflamengo.com.)

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