sexta-feira, 6 de novembro de 2009

COLUNA DE SEXTA-FEIRA - André Monnerat

O time para o jogo de domingo

É final de campeonato domingo no Mineirão. Pode até ser que o jogo não decida o campeão, mas com certeza vai definir as pretensões quanto ao título dos dois times. Quem vencer vai se colocar como possível campeão; quem perder, já deve se contentar só com a briga pelo G4. E aí é questão do Flamengo definir com o que realmente ainda sonha: a ideia é garantir uma valiosa vaguinha para a Libertadores ou partir mesmo para o popular rumoal équiça?

Se pretende encerrar o longo jejum de títulos brasileiros, é vencer ou vencer. Perder ou empatar, para pretensões de título, vai dar mais ou menos na mesma. Para a Libertadores, no entanto, o pontinho a mais vai significar também não deixar o Atlético desgarrar. O time de Celso Roth ainda terá jogos difíceis e se o Flamengo se mantiver a dois pontos do Galo como está hoje, poderá ainda se dar o direito de torcer por um tropeço mineiro para ultrapassá-los. Perder seria ficar a cinco pontos do adversário, faltando apenas quatro rodadas; a briga passaria a praticamente se restringir à última vaga, contra Cruzeiro e Inter.

Mas eu estou mesmo vendo mais graça em imaginar o Flamengo campeão. Portanto, é jogar pra ganhar. A missão, claro, não é impossível - mas é muito difícil.

Já comentaram por aí que, este ano, o desempenho do Atlético como mandante não é tão impressionante assim. São apenas 66% de aproveitamento (o Flamengo tem 72%, por exemplo) e tropeços incômodos contra times como Sport, Botafogo e Avaí. Mas perder mesmo não acontece desde 26/7, 14a rodada do primeiro turno, contra um Goiás que vinha em grande fase. A outra derrota computada para o Atlético como mandante foi no clássico contra o Cruzeiro. Como se vê, não tem moleza.

Sobre o time do Flamengo que irá a campo, não há muito o que especular. Com todo mundo à disposição, Andrade vai usar seu time titular, que você já conhece - mesmo que acredite que uma ou outra alteração poderia ser feita. É torcer para estes jogadores entrarem em campo com postura ofensiva, consigam exercer a tal marcação no campo adversário como andam falando e, principalmente, tenham se preparado bem durante a semana para jogarem em seu nível máximo. Não é mais hora de ver jogadores-chavs cansando no meio do segundo tempo.

O Atlético vem basicamente completo e o principal cuidado a ser tomado é mesmo com a dupla de ataque, formada por Tardelli e Éder Luís. Juntos, eles fizeram 29 gols - Tardelli fez 18, Éder 11, e depois deles quem marcou mais tem apenas 3. O meio-campo tem como forte a marcação, com três volantes e um só armador - é curioso, aliás, que os dois que jogam mais responsáveis pela armação, Correa e Ricardinho, tenham sido fortemente cogitados pelo Flamengo durante a competição. No final, em vez deles o time ficou com Maldonado e Petkovic. Saiu perdendo ou ganhando?

Ricardinho é bom jogador, mas é mais importante ditando o ritmo do time e cadenciando o jogo quando necessário do que propriamente colocando os seus atacantes na cara do gol - não deu nenhuma assistência até agora no campeonato. O maior perigo é mesmo na movimentação dos dois atacantes leves na frente e na chegada de trás dos volantes e laterais. É provável que Roth coloque o rápido Éder Luís pra jogar em cima de Juan, que vem mal na marcação, no apoio, na saída de bola - é bom que ele esteja mais acordado no domingo.


Aos rubro-negros que estarão no Mineirão, boa sorte.


- ANDRÉ MONNERAT  trabalha com marketing e Internet e escreve também no SobreFlamengo  - sobreflamengo.blogspot.com e twitter.com/sobreflamengo.

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