Com linguagem informal, João Tavares - o Dão - comenta a movimentação dos torcedores antes/durante/depois dos jogos no Maracanã.
Por causa de um compromisso acabei chegando tarde no Maraca, fui de carona com um amigo tricolor, que ao ver a galera no Chico´s, mesmo estando a paisana peidou pra parar o carro no meu esquema de sempre. Resultado, rodamos mais um porradão de tempo num transito chuvoso até achar uma vaga de “dez real”.
Não sei onde tava com a cabeça de tomar uma saidera, jogo de 80 mil, sabia que ia dar tumulto. Sabia mas não agi, e quando fui entrar faltando uma meia hora passei um dos maiores perrengues dos últimos tempos. A começar pela fila para entrar que logo que chego ouço de um dos componentes de uma famosa organizada: - Fulano, fica ligado andou faz a limpa. Só gente fina ao meu redor, eu saí eu fui pro outro lado. Depois de entrar naquele famoso esquema que você vai empurrado pelos outros e empurrando o da frente me deparei com quase a metade das roletas enguiçadas. A “minha” foi enguiçar no maluco a minha frente. Pra resumir, depois de uns 20 minutos e uns 5kg a menos entrei no estádio suando mais que o Obina em começo de temporada.
Assisti a um primeiro tempo numa 42 lotada e a amarela dos caras completamente vazia, uma coisa vergonhosa. Se juntasse o pó de arroz todo na verde ainda sobraria lugar. O Flamengo tem que pressionar a Suderj para que em jogos contra flu e foguinho os caras fiquem só na verde, senão a gente fica muito apertado do nosso lado, acaba ficando desconfortável.
A torcida fez uma bela festa, cantou e cantou alto. Apesar de um 6 invertido no 2016 o mosaico fez sucesso no telão. No segundo tempo fui pra 44 encontrar o Mulamba, ali o jogo já é mais tranqüilo, mais família e a cerva ta sempre gelada. E foi de lá que eu vi o Adriano martelar mais um prego no caixão tricolor, e com requintes de crueldade. Aquele ovinho no final não sai até agora da minha cabeça, se ele faz um gol daquele o Maraca desabava. Vale frisar também uma bela atuação do Zé Roberto e um bizarro primeiro tempo de Denis Marques, o cara tava em qualquer lugar do planeta, menos no Maracanã.
Eu fiquei pensando o que se passava na cabeça do tricolor quando o Adriano pegava na bola, o tal de Digão teve até caganeira no segundo gol. Após se borrar todo pediu substituição. A tremedeira dos caras foi geral, uma pipocada em grupo. Até o Everton deitou e rolou pra cima do rui cabeção. O time dos caras é muito fraco, a bola queima no pé, segundona com louvor.
Na saída infelizmente ja se tornou rotina, o Flamengo pode ser campeão, ganhar de 6, perder de 5 que a jovem fla vai sempre passar” varrendo geral”. Eu queria era ver essa cambada de vagabundo trabalhando de gari de verdade, não agüentavam 10 minutos. E para minha surpresa ao sair do estádio ligo para meu amigo tricolor pra pegar a carona de volta, não é que o cara tinha saído a meia hora com o resto das bicholetes?? Mau amigo, se fosse um campeão saberia perder, mas torce pra time pequeno. Foi até bom que deu para mais algumas saideras, dessa vez sem pressa nenhuma.
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