sexta-feira, 4 de setembro de 2009

COLUNA DE SEXTA-FEIRA - André Monnerat

Meu time para o jogo de domingo

Como de hábito, Andrade tem desfalques para o próximo jogo - Atlético-PR, Arena da Baixada, um confronto que costuma ser maldito para o Flamengo. Desta vez, no entanto, os problemas são bem mais light do que vinham sendo em rodadas anteriores. Mas são o bastante para que o técnico tenha dificuldades para manter o esquema que lhe agradou no jogo contra o Santo André. E vejam vocês: graças à ausência de Fierro.

Desde a primeira partida em que Petkovic se destacou - contra o Goiás, quando entrou no segundo tempo e mudou o jogo -, tenho a convicção de que será difícil para o gringo jogar no antigo esquema de três zagueiros. Lembrando: naquele dia, além de colocar Pet em campo, Andrade também adiantou no intervalo Aírton da zaga para o meio-campo. E, coincidentemente, Fierro também estava em campo. Assim, além de Pet, haviam mais três jogadores no setor, todos com bom poder de marcação. Com três zagueiros, o time fica com um a menos por aí - e, com apenas três no meio, sendo um o venerando sérvio, a marcação e a ocupação dos espaços tende a ficar frouxa. Esta minha impressão foi reforçada no jogo contra o Corinthians, quando Pet jogou desde o início pela primeira vez e, apesar da vitória, vimos o adversário conseguir manter a posse de bola grande parte do tempo.

Contra o Fluminense, apesar da atuação ruim, Andrade anunciou ter "encontrado o caminho" - foi quando resolveu passar a escalar o time no 4-4-2. Manteve contra o Santo André, mas com Fierro no meio-campo, e pareceu dar certo; a sua movimentação mais à frente, dando opção de jogada pela direita, fez diferença na dinâmica do time, embora com a bola ele tenha alternado acertos com muitos erros. Além disso, Fierro voltou a mostrar que é um bom marcador, não deixando a pegada no meio-campo se enfraquecer. Mas agora, sem o chileno, pode ser que o técnico decida voltar ao esquema antigo. A alternativa, ao que parece, é começar o jogo com Maldonado de titular.

Com Petkovic em campo, como já expliquei, não gosto da ideia de voltar ao 3-5-2. Mas apostar em Maldonado também não me parece uma boa. O time voltaria à formação do jogo ruim contra o Fluminense, com Pet acompanhado de três volantes - naquele dia, Willians jogou mais adiantado e não funcionou, como acho que dificilmente funcionará um dia. Além do mais, Maldonado não joga uma partida oficial há bem mais tempo do que tem se falado por aí - a última foi no fim do ano passado. Se a opção for mesmo por aí, vai bastar a Antônio Lopes grudar um cão de caça no gringo para deixar o meio-campo do Flamengo basicamente sem opção de jogo.

Minha opção: entraria com Jorbison (ou Éverton Silva, se tiver condição de jogo) na lateral esquerda e passaria Éverton para o meio-campo. Pet jogaria um pouco mais pela direita e Éverton faria, pela esquerda, o papel que Fierro fez pelo outro lado contra o Santo André. Outros dois garotos seriam opção, para que Éverton permaneça na lateral (o que não me convenço de que seja uma boa - acho que ele não marca como lateral e, no apoio, erra basicamente todos os cruzamentos que tenta): Camacho - mas o jogo contra o Grêmio, quando entrou no lugar de Fierro no intervalo, me deixou a impressão de que a diferença de poder de marcação entre os dois fez diferença - e Erik Flores.

Meu time, pois: Bruno, Léo Moura, Álvaro, Angelim e Jorbison (Éverton Silva); Aírton, Willians, Éverton e Petkovic; Zé Roberto e Dênis Marques.


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Assim como o Flamengo, o meio-campo do Atlético-PR depende muito de um veterano. Paulo Baier é o vice artilheiro do time que, sem ele, apanhou de 3 do Náutico na última rodada. Se ele estiver em campo, é obrigação do Flamengo tomar cuidado com o cara e, além disso, evitar faltas desnecessárias próximas à área, em que ele pode fazer a diferença.

Mas pode ser que ele acabe não jogando, o que aumentaria as chances do Flamengo conseguir uma incomum vitória em Curitiba. De qualquer forma, o time tem que entrar em campo acreditando que pode se dar bem, pois o Atlético, mesmo com a recuperação que teve desde que Antônio Lopes chegou, é um time fraco, que me impressionou muito negativamente na partida que assistir inteira, contra o Botafogo. Naquele jogo ficou claro que, fora Baier, outro a se preocupar é o atacante Marcinho, artilheiro do time, rápido e enjoado.

Mas trata-se do segundo pior ataque e o que menos finaliza no campeonato (além de ser o segundo time mais faltoso). Para resolver o problema na frente, contrataram o Alex Mineiro, que frequentava o banco de reservas no Grêmio e só marcou um gol pelo Atlético no campeonato.


- ANDRÉ MONNERAT trabalha com marketing e Internet e escreve também no SobreFlamengo.

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