Volta por cima
Olá pessoal, Saudações Rubro Negras!
Se considerarmos como “ponto zero” a derrota sofrida em Florianópolis, cinco rodadas atrás, o Flamengo conseguiu avançar em vários aspectos, mas citarei especificamente dois destes: O time passou a ser, de fato, um time. E o segundo ponto foi o fato de se recuperar dentro do campeonato.
Podemos citar “N” fatores aqui: Falta de comando, falta de vontade de jogadores, excesso de desfalques, falta de padrão tático, excesso de pressão sobre os mais jovens, o que seja. Tudo isso parece ter chegado ao extremo nos 3x0 levados contra o Avaí.
Mas de lá para cá o time deu a volta por cima.
Menos problemas internos, maior entrega de jogadores (cito o Léo Moura, Fierro e Zé Roberto como exemplos. Já é outro comportamento em campo – parte técnica é outra história), menos desfalques, o time está organizado, mais experiente (Álvaro e Maldonado acertaram o sistema defensivo).
Três personagens merecem maior destaque:
Petkovic chegou ao Flamengo carregando o peso da desconfiança da viabilidade de sua contratação. Chegou por um acordo financeiro, por um acerto de dívidas. Chegou sem fôlego para sequer um tempo inteiro. Hoje é o cérebro desse time, indispensável. E me perdoem os menos “românticos” mas que coisa maravilhosa aquela comemoração de ontem, peculiar a quem está se divertindo em poder desfilar sua categoria com tamanha competência.
Adriano, o “imperador” voltou. E com ele os problemas extra campo. As saídas, os atrasos aos treinos, os privilégios. Arrumou um cartão maroto, ficou mais uma rodada sem atuar e se mandou para a seleção. O Flamenguista tem um trauma de convocações, ultimamente temos visto a ida para a seleção como uma forma de estragar o futebol de quem lá se apresenta. Mas na volta da seleção Adriano, O Imperador, ressurgiu. Voltou com vontade, com garra dentro de campo, voltou artilheiro, voltou com golaços. Motivado pela possibilidade de voltar a uma Copa? Pode ser. Mas o faz provando dentro de campo, ser capaz.
E por último o tromba. Pela falta de opção no mercado, ficou incumbido de segurar o rojão. E depois de externar seu incontestável amor ao clube ao sair de campo em Santos, com lágrimas nos olhos homenageando ao ídolo Zé Carlos, foi efetivado. E mesmo sem a devida competência, confiou aos jogadores o seu cargo. Pediu pela união, “pelo todos por um”. Não é ainda o incontestável técnico dos sonhos. Mas de alguma forma conseguiu arrumar a casa. De alguma forma teve o mérito de suportar toda a pressão no momento ruim. Já é outro time, outra cara, outra motivação. E que não haja dúvida: Contestável ou não, o torcedor torce pelo seu trabalho, simplesmente por saber que esse sucesso será a nossa alegria.
A afirmação dentro do campeonato parece ser fato. Nos afastamos definitivamente da zona de rebaixamento e com certa dose da combinação sorte / competência, encostamos no G-4. Essa etapa de recuperação parece alcançada.
Porém, é chegada a hora da afirmação, da superação. A hora do “DCF”.
Nas quatro últimas rodadas enfrentamos times da parte de baixo da tabela. Exceto pelo jogo em Curitiba, nos demais as atuações foram incontestáveis, e as vitórias vieram de forma contundente.
O próximo desafio será contra o Internacional, em Porto Alegre. È o momento de enfrentar um candidato direto pela vaga à Libertadores. Hora de mostrar que pode também jogar para vencer mesmo fora de casa.
Superação, e o G-4 é logo ali.
Grande abraço, até segunda e Saudações Rubro Negras, sempre!
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