segunda-feira, 17 de agosto de 2009

COLUNA DE SEGUNDA-FEIRA
Hermínio Correa

Incompetência

Olá pessoal, Saudações Rubro Negras!

Antes de qualquer coisa: Não vi o jogo. Tive um compromisso inadiável, daqueles que você vai porque tem mesmo que ir, mas fica olhando para o relógio e pensando “16:05, começou!”, “16:45, será que o Mengão marcou algum?” “17:30 metade do segundo tempo, como é que está?”

Tortura.

Acaba o compromisso, corro para o carro para tentar descobrir o resultado, mas ninguém fala no rádio, estão transmitindo jogo do time local. Até que encontro uma televisão e vejo: 4 x 1.

Então, tortura confirmada.

Vou buscar então os “melhores” momentos. Vejo o Flamengo atacando, e desperdiçando um caminhão de gols. Poderia até me esconder atrás do famoso discurso de que “jogamos bem, mas o placar foi injusto e dilatado”. Não consigo.

Mesmo sem Pet, o time criou e foi melhor principalmente no primeiro tempo. Então surgiram jogadas que quando é o atacante adversário quem tem a oportunidade, sai sempre um toque de classe por cima, ou uma bola colocada na “gaveta” ou ainda aquele drible de deixar o goleiro no chão e depois só ter o trabalho de empurrar para as redes. Ontem o que vi os atacantes do Flamengo fazerem seguidamente foi chutar exatamente em cima do Victor e transformá-lo no herói da partida.

Perdoem, mas isso tem nome: Incompetência.

“Mas o Adriano é o artilheiro do campeonato, não tem crédito”? “Mas o Emerson é um leão, um exemplo de raça a cada partida, não tem crédito”? Sim, ambos tem. Mas uma coisa não exclui a outra e a conclusão que tenho desse jogo é que nosso ataque “foi” – o que é diferente de “ser” – totalmente incompetente.

Quer outra: Sabe quando o atacante do teu time chuta em cima do goleiro adversário, o que acontece? Ele pega, espalma, pega com a ponta do pé, mas dele não passa. E quando um zagueiro adversário vem lá de trás em linha reta costurando todo mundo, chuta de forma defensável sobre seu goleiro? Falha e gol.

“Mas o Bruno salvou em outras oportunidades, não tem crédito”? Tem. Mas sua falha contribuiu de forma direta no resultado.

Para fechar: Na busca de um resultado melhor, Andrade faz uma substituição. Ele está tentando, quer buscar pelo menos o empate fora de casa e tira seu lateral direito e põe mais um atacante. É uma tentativa. Mas se depois disso o Flamengo toma mais dois gols em jogadas pela direita da defesa, exatamente onde está faltando uma cobertura, sinal que a substituição foi infeliz. Não só não surtiu o devido efeito no ataque como comprometeu o sistema defensivo de forma direta.

“Mas que outra opção ele teria”? “O que você faria diferente se estivesse à beira do campo e querendo ainda o resultado”?

Olha, não sei dizer. Somente assistir é bem mais fácil. Mas novamente um fato não inibe o outro: A substituição foi feita, o lado direito ficou aberto e os gols saíram.

Para não parecer que o suave tom irônico deixe uma sensação de que tomamos mais uma goleada pela simples obra do acaso e da falta de sorte, vai a sensação de quem não perdeu seu domingo à frente da televisão, mas que nem por isso abdicou da expectativa de ver um time vitorioso que, ao contrário, escancarou de forma quase definitiva não demonstrar o mínimo de equilíbrio nesse campeonato:

A razão da derrota de ontem se resume a uma palavra apenas: incompetência.

Grande abraço, até segunda e Saudações Rubro Negras, sempre!

Flamengo Net

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