COLUNA DE SEGUNDA-FEIRAHermínio Correa
Mais um tropeço
Olá pessoal, Saudações Rubro Negras!
O roteiro é o mais anunciado e previsível possível: Jogo do Flamengo no Maracanã há muito deixou de ter a força do mando de campo, aquele que cria a expectativa de uma vitória na certa. E se for contra time menor então, melhor preparar o coração. Com isso lá se foram mais dois pontos irrecuperáveis contra o lanterna do campeonato, jogando boa parte do segundo tempo com um a menos.
O Campeonato não perdoa esse tipo de falha, a tabela é fria. E em relação ao líder do campeonato já há uma diferença de 10 pontos.
A atuação do Flamengo ontem foi lamentável. Muitos erros de uma forma geral, de passes, posicionamento de meio campo e defesa – foram vários contra ataques proporcionados, chances claras de gol para o adversário – e pouca criatividade para abrir um bloqueio de um time que veio com declarado desejo de empate. Talvez apenas Pet tenha se salvado pela atuação que teve, principalmente na jogada do gol. No mais os já claros problemas da equipe: Desorganização tática, mal posicionamento dos homens de zaga, falta de um meia de qualidade, ataque tentando se virar como pode.
Já são cinco empates dentro do Maracanã: Os dois clássicos, Avaí, Barueri e agora Náutico. Certamente, ao final do campeonato, são esses pontos que faltarão quando estivermos fazendo as contas do que faltou para chegar ao título ou mesmo à vaga na Libertadores.
Léo Moura
Deixei para escrever o texto essa manhã para esfriar a cabeça e repensar o que aconteceu após o gol. Mudei de idéia algumas vezes em relação ao que deveria escrever e cheguei à conclusão que não dá para aliviar. Mas antes queria comentar a minha visão sobre o comportamento da torcida.
Já arrumei confusão no Maracanã por isso. Eu, Hermínio, sou contra qualquer tipo de vaia durante a partida. Visão minha, pessoal. Acho que o torcedor deve ter o compromisso com o time durante os noventa minutos. Acabou o jogo aí é outra história. Mas enquanto eu penso assim, outros tantos pensam diferente e com o tempo aprendi a conviver melhor com essa pluralidade de pensamentos. Qualquer torcida é assim, umas mais outras menos, fato é que a ligação “torcedor – jogador” é feita de forma passional. E aí é que entra um fator que faltou ontem ao Léo Moura enquanto jogador experiente e profissional: Equilíbrio.
Jogo difícil. O time não está jogando nada e ele é um dos mais vaiados. Fez o gol? Corre devagar, mostra o escudo do clube para a torcida, beija, bate no peito, chama a torcida para o jogo, pede apoio. Mas não. Direciona sua fúria ao maior patrimônio desse clube. Ataca quem vaia e quem apóia. Mancha seu relacionamento com a Nação.
Continuo achando que dentro do estádio o apoio deve ser incondicional durante uma partida. Mas continuo entendendo bem que a grandeza desse clube se dá muito mais pelo tamanho e poder que essa torcida tem do que pelos jogadores, principalmente os atuais, que por aqui passam.
Cada dia mais a faixa faz sentido: “Jogadores e dirigentes, respeitem a Nação”
Andrade
No sábado escrevi sobre nosso apoio ao novo técnico. Refiz a lógica de quem decidiu efetivá-lo: Era o desejo das arquibancadas, dos jogadores e porque não, da diretoria. Andrade tem identidade Rubro Negra, conhece o clube e o elenco, pontos que considero essenciais para quem assumisse o cargo no momento.
Porém esse caminho tem lá seus perigos e um jogo como esse de ontem antecipou meu temor. Teremos três difíceis jogos pela frente: Um Goiás fora de casa embalado, um sempre complicado Corinthians no Rio e o Grêmio, em Porto Alegre.
Mais do que a identidade, mais do que ser um ídolo, Andrade precisará de bons resultados nessas partidas. Ou corremos sério risco de ter antecipado a efetivação do técnico e ter, em apenas mais três rodadas, um sério problema a resolver. E olha que ontem já me assustou ouvir que esse elenco é bom e não precisa de reforços.
Me perdoe o “tromba”, mas qualquer time, por melhor que esteja, precisa de reforços.
Ainda mais o Flamengo...
Grande abraço, até segunda e Saudações Rubro Negras, sempre!
|