CLIMA DE MARACA - Obrigado Pai.
Com linguagem informal, João Tavares - o Dão - comenta a movimentação dos torcedores antes/durante/depois dos jogos no Maracanã.
Fala rapaziada, depois de uma pequena pausa estamos de volta com mais um Clima de Maraca, dessa vez contra a gambazada fedorenta.
Domingo de sol no Rio, dia dos pais e jogo do Mengo, um belo dia para o Rubro Negro fazer aquele programinha familia no Maracanã. E aposto que se o jogo fosse as 18 horas iria beirar os 70 mil ou mais, ficou apertado o horario pra muita gente. Saudades do tempo em que os jogos eram as 17 horas.
Eu gosto de chegar com um tempo bom de antecedência, tipo duas horas antes. Pra poder parar o carro tranquilo, beber uma gelada e tal, e quando cheguei ja faltando quase uma hora pro jogo achei a parada vaziona, molinho de parar carro, bar vazio, imaginei que a torcida ia muchar porque o gordo não ia jogar.
Bebemos aquela gelada no Chico´s. Bar vazio mas galera animada, cheio de musiquinha pro papa traveco. Sou contra provocar o cara, ainda bem que ele não jogou. Muita gente das Embaixadas que sabado haviam sido diplomadas na Gávea. Chegando no entorno do Maraca ja percebe-se aquela fila enorme daquela turma que só consegue entrar faltando 15, 10 minutos pra acabar o primeiro tempo. Molambada guerreira legal, chega em cima da hora mas chega.
Era aquele jogo tipico de primeira vez, tinha muita gente ali que tava tirando o cabaço de Maraca. Subindo a rampa presenciei uma gordinha emocionada ao celular descrevendo para alguém a sensação de estar entrando no Maraca pela primeira vez. Muitos, mais muitos pais com seus filhos, fazendo filas pra tirar fotos com o Urubu, com o busto do Garrincha, gringalhada pra todo lado, era aquele jogo do 8 ou 80. Ou nego apoia o tempo todo(o que eu suspeitava) ou nego vaia desde o inicio.
O sol tava forte e busquei minha sombra lá na amarela. Primeiro tempo razoavel, com o time buscando o gol. Achei o arbitro meio mal intencionado, não marcou nenhuma falta no Emerson o jogo todo, nego ta querendo meter a mão na gente em pleno Maraca. Não lembro de uma falha de arbitragem contra o time do presidente até agora. Mas a torcida jogando junto não tem pra ninguém, a massa engole qualquer um, e a gambazada ja tava dominada.
Segundo tempo e convencido pelo Arthur, fui ver o ataque do Fla lá do outro lado. Só me lembro de uma vez ter visto jogo lá onde fica a purpurinada torcida pó de arroz, foi um contra o gremio numa copa do brasil dessas daí e a gente ficou no empate. Mas como eu to afim de quebrar tudo que é supertição tava valendo. O bom do outro lado é que você pega as melhores fotos da torcida do Flamengo.
Papai Adriano garantiu a farra e o bicho da rapaziada, e ja lidera a artilharia. Alguns papais também foram bem no jogo, como o Léo Moura, Pet, Airton e o sempre voluntarioso Emerson Guerreiro.
A saída foi tranquila, e aquele chopinho pra brindar a vitória não poderia faltar né...
Quarta-feira ja tem mais, tem o fluzinho arrebentado, poupando jogador só pensando em sair da zona. Alô Impera e Sheik, vamos matar esses caras logo no primeiro jogo. Falando em Sheik, ja tinha cantado na hora mas depois de ver a entrevista do cara emocionado ao ser substituído tenho que falar: FICA EMERSON!!!!!
Dedico esse texto ao meu ja falecido avô Osmindo, grande Rubro Negro que presenciou grandes times do Mengão e que me deu o primeiro Manto, ao meu pai Claudio que perdeu a paciência para ver os jogos do Mengo hoje em dia e para meu filho João Arthur, que tem esse nome em homenagem ao pai e ao Zicão e que espero logo logo levar ao maior do mundo para sua primeira vez. Papai te ama.
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