sexta-feira, 17 de julho de 2009

COLUNA DE SEXTA-FEIRA - André Monnerat

Como escalar o time para domingo?

Não sei se vocês repararam, mas eu tenho feito ultimamente um certo esforço pra falar aqui na minha coluna das coisas de campo, e não do que rola nos bastidores. Isso porque sei que o jogo em si é um assunto muito mais divertido para uma mesa de bar, como o blog aqui se propõe a ser, do que essas chatices administrativas. Ainda acredito que, no fim, o desempenho do time em campo é muito, mas muito afetado mesmo pelo que acontece fora dele, e que é dever de quem realmente se importa pelo Flamengo se interessar por estas questões - mas, ainda assim, acho que é mais natural pra qualquer torcedor de futebol querer torcer e falar de títulos, vitórias, técnicos e jogadores do que de contratos, cargos, organogramas e orçamentos. Só não me peçam para entrar na onda de pedir reforços de primeira linha, seja pra que posição for - isso vocês não vão ler de mim tão cedo.

Assim sendo, o tema de hoje é: o que escalar para o clássico contra o Botafogo? Atenção: pra fazer a brincadeira, tem que levar em conta um time sem Juan, Fabrício, Toró e Willians - em princípio, são estes os desfalques do Flamengo para o jogo.



Aí em cima o que eu faria: abandonaria o esquema com três zagueiros, feito para liberar os alas/laterais, a que o Flamengo está preso desde sempre. Faria com que Léo Moura, de um lado, e Éverton Silva, de outro, tenham funções ofensivas e defensivas, avançando alternadamente. Aírton joga de volante, sua posição de origem, fixo atrás; Kléberson é o segundo volante, também mais atrás, mas com um pouco mais de liberdade. Quando os laterais subirem, terão a ajuda de Fierro e Zé Roberto (ou Éverton - confesso que fico em dúvida de qual escolher) para fazerem as jogadas pelas pontas. Na frente, sem invenção, Emerson e Adriano.

E este já seria o meu desenho de time daqui pra frente. Juan voltando, entra no lugar de Éverton Silva (que poderia até continuar como titular, na direita, no lugar de Léo Moura). Willians de volta ganharia a vaga de cabeça-de-área - Aírton poderia entrar na zaga, no lugar de Wellinton, já que o elenco realmente sofre hoje com escassez de zagueiros. Toró é banco.

Pra funcionar, é preciso que se treine, é claro, e que os jogadores entrem em campo determinados a cumprir cada um sua função. Cuca mandou a campo contra o Palmeiras uma equipe alterada e que simplesmente não treinou junta antes do jogo - complicado que funcione. E por favor, treinador: a solução pra este time não é cruzar mais bolas da intermediária. Fico decepcionado que pense assim.

Também ajudaria se os jogadores conseguissem ir trabalhar com a cabeça no que devem fazer. É dose ter que ler um membro do time dizendo que seriam imbatíveis se conseguissem se concentrar em seu trabalho na hora do jogo.


• ANDRÉ MONNERAT trabalhar com marketing e Internet e escreve também no SobreFlamengo.

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