* Por Lucas Dantas
Ele voltou pro Flamengo em 2005 para livrar o time do rebaixamento. De uma hora para outra, arbitragens começaram a nos olhar como amigos e o Flamengo escapou da vergonha.
Em 2007, na Libertadores, contratou o esquecido e minúsculo Juninho Paulista. Esse mini-jogador arrumou uma briga abissal no vestiário e acabou com o time antes da surra por 3x0, diante do Defensor do Uruguai.
Ainda em 2007, o cara demitiu o treinador que trouxeram menos de um ano antes e sem lhe dar a chance de contar com reforços que mudariam a cara do time.
Na Libertadores de 2008 teve o América do México. A culpa foi do imponderável.
Ele prometeu que o Flamengo não jogaria na altitude. Calou a boca e jogou, já que no mundo sério ninguém lhe dá atenção.
Trocou o treinador e trouxe um que teria até cargo na diretoria. Eu disse que era essa a filosofia do Flamengo e apanhei mais do que Judas em sábado de malhação.
O time liderava o Brasileiro e sonhos de contratação como Felipe e Vagner Love povoaram a cabeça da torcida.
A maior venda de um jogador na história do clube serviu para pagar salários e alguns empréstimos, as contratações milionárias se transformaram num envelhecido Marcelinho Paraíba e o time despencou em queda livre. A culpa foi da camisa Freddy Krueger.
Perdeu por 3x0 para o Atletico Mineiro, no Maracanã.
Após estar vencendo o Goiás pelos mesmos 3x0, entregou o jogo.
Apanhou horrorosamente para o Atlético Paranaense e deu adeus a mais fácil vaga na Libertadores que o time já teve nas mãos.
O treinador, claro, foi o único que caiu.
Chegou outro que fôra BI-VICE estadual pro mesmo vergonhoso Flamengo e que jamais havia conquistado NADA.
Marcelinho Paraíba, a grande contratação, deu adeus ainda no estadual de 2009.
Diego Tardelli deixou o clube reclamando que não lhe davam o devido respeito. Não para de meter gols no Atlético Mineiro, enquanto Émerson e Josiel não sabem fazê-los.
Aliás, NENHUMA contratação foi proveitosa.
Roger chegou para vestir a 10 e saiu fora logo. Ninguém no clube consegue fazer Jônatas jogar, mas lhe pagam um alto salário. Fierro, Sambueza, Primo do Messi, Josiel, Émerson, “El Tigre” Ramirez, Peralta e muitos outros fracassos.
Tal como em 1995/98, muitos nomes, muitos fracassos.
A meta do dirigente, para 2009, era o estadual e ele deixou claro.
O time foi surrado pelo RE-SEN-DE, na semi-final da Taça Guanabara, por, claro, 3x0.
Ganhou o estadual e tudo se apagou. Afinal, a meta foi atingida.
No Brasileiro, o Flamengo já coleciona dois vexames em seis jogos: Cinco a zero para o Coritiba, após levar quatro gols do Sport em oito minutos.
Outro fantasma de 95, o tal do Plínio, que só consegue lugar mesmo nessa gestão, vem a público dizer que agora será treino em regime integral. Só agora, e não depois do último domingo.
Como? Perguntaram pro Juan? Ele deixou?
Mas a culpa é do Cuca, do Dunga (que levou o Kléberson), do imponderável e da camisa. Ou dos treinadores que ele cansa de mandar embora a cada seis meses.
E ainda vem gente dizer que sou pessimista ou que tenho interesses por trás de minhas críticas.
As mesmas, rigorosamente as mesmas, desde que o inominável voltou em 2005.
Ganhando ou perdendo, meu discurso contra esse cara sempre foi o mesmo.
Para mim, a culpa é do time - que ele montou. Do Cuca - que ele contratou. A culpa é dele e de sua cultura ultrapassada, manjada e de resultados comprovadamente ineficazes.
Muitos times, técnicos e jogadores depois, os vexames continuam. Ele continua.
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