quinta-feira, 7 de maio de 2009

BRASILEIRÃO 2009 - Parte 1

Às vésperas de mais um Brasileirão, fui atrás de torcedores de todos – ou de praticamente todos – os times que correrão o torneio, para que cada um fizesse uma análise rápida de seus times. Espero que gostem e que o material sirva para discussão. Meus agradecimentos aos torcedores que colaboraram com o blog. Abaixo, a primeira parte da matéria:

AVAÍ:

De um time desacreditado no primeiro semestre de 2008, que sofria com o sucesso do Figueirense, o Avaí se transformou no sonho de seus torcedores. Conquistou a vaga para a Série A do campeonato brasileiro e, no embalo da subida, conquistou o campeonato estadual de forma arrasadora. Melhor: enquanto acumulava vitórias e glórias, viu o rival alvinegro despencar para a Série B do campeonato brasileiro e fazer uma campanha vexatória no campeonato catarinense.

Boa parte dessa transformação vem do banco de reservas. O novato técnico Silas, ex-jogador do São Paulo e da seleção brasileira, é considerado o responsável pela reviravolta avaiana. Pegou um time desacreditado e tornou-o quase imbatível nos jogos da Ressacada, a ponto de massacrar a Chapecoense com seis gols no final do estadual, com direito a desperdiçar um pênalti no final. O reconhecimento ao treinador veio na faixa com duas palavras que a torcida azul passou a estender na arquibancada: Silas eterno.

O principal jogador do time é o meia Marquinhos Paraná. A ele se juntam o meia e atacante Evando, uma espécie de amuleto que acumulou gols nas horas decisivas, o seguro goleiro Eduardo Martini e o zagueiro André Turatto. Para o campeonato brasileiro, Ta diretoria repatriou Muriqui e Abuda, e contratou os jogadores Anderson (Fluminense), Leonardo (Paraná Clube) e Luiz Ricardo (Ponte Preta).

O time base é Eduardo Martini; Ferdinando, André Turatto, Emerson e Marcus Vinícius; Uendel, Evando (Lima), Léo Gago, William (Bruno), Marquinhos (Odair) e Caio.

Maurício Neves é correspondente do FlamengoNet em Lages/SC.

ATLÉTICO MINEIRO:

“Galo forte, vingador”? Para o Campeonato Brasileiro 2009, talvez não. O clube começou o ano com um planejamento comum no futebol brasileiro: Montar um time com jogadores experientes e folha salarial enxuta. Tendo em seu elenco jogadores como os laterais Júnior (ex São Paulo) e Élder Granja (ex Palmeiras), além do atacante Diego Tardelli (ex Flamengo), a receita parecia dar certo.

O time vinha com a melhor defesa no campeonato Mineiro e o ataque marcando muitos gols. Mas foi encontrar um adversário melhor qualificado e tudo desandou: Goleada humilhante sofrida para o maior rival na decisão do estadual e derrota no primeiro jogo das oitavas da Copa do Brasil, definiram a demissão do técnico Leão. Em seu lugar veio Celso Roth, técnico que terá árdua missão com um grupo sem muitas opções. O momento do clube é de instabilidade, ainda mais com a eliminação na Copa do Brasil, em casa e nos pênaltis, para o Vitória.

As perspectivas para o Brasileirão não são tão animadoras, a equipe entra apenas como figurante.

Paulo André Cícero é torcedor do Galo.


ATLÉTICO PARANAENSE:

A base do estadual será mantida, juntamente com a ascenção de alguns jogadores da equipe juniores (vice campeã da Taça São Paulo 2009) para o time principal. Apesar de um elenco jovem, o time vem mostrando muita maturidade na hora de decisões.

Destacam-se na equipe os atacantes Rafael Moura (artilheiro do estadual com 14 gols) e Wallyson (promessa de grandes alegrias ao clube), o lateral direito Raul (categorias de base) e o lateral esquerdo Marcio Azevedo (vem subindo de produção).

No gol o herói da Batalha dos Aflitos (Galatto) seguirá sendo titular absoluto. A defesa tem um conjunto muito bom e entrosado. No meio de campo defensivo, o volante Valência segue em recuperação no Departamento Médico do Clube.

O time possui ainda algumas deficiências no setor de armação do meio-campo, que segundo a Diretoria do clube serão resolvidas com novas contratações. É um time que pode surpreender no Brasileirão 2009.

Por Guilherme Ceris, torcedor do Atlético Pr.

BOTAFOGO:

Infelizmente não encontramos torcedores do time para avaliar as possibilidades no Brasileirão.

CORITIBA:

O Maior Clube do Paraná chega no Brasileirão 2009, ano em que completa o seu centenário, em busca do título!

Com espírito renovado após a vinda do técnico René Simões, o time da alma guerreira tem como ponto forte o meio de campo com Carlinhos Paraíba, Pedro Ken e Marcelinho Paraíba, e o apoio de sua torcida, o que faz do Coxa um time difícil de ser batido dentro do Couto Pereira!

O ponto fraco do Coritiba são as laterais, mas o Glorioso está a procura de reforços para a posição!

Fabinho é Coxa Branca e “dono” da bateria da maior torcida do time.

CRUZEIRO:

Se os demais clubes possuem seus times montados, a equipe celeste chega como das poucas, senão única, a possuir um elenco montado. E isso para um campeonato longo e competitivo como o Brasileirão é fundamental. Além de manter o técnico Adilson Batista e toda a base que já foi capaz de um bom campeonato no ano anterior, o clube se reforçou com jogadores fundamentais como o atacante Kleber (ex Palmeiras).

Ganhou o campeonato estadual com certa facilidade, tendo o ataque mais positivo da competição e vem fazendo excelente campanha também na Taça Libertadores. Fatores externos é que podem, eventualmente, interferir no trabalho da equipe: Com tantos bons jogadores no elenco a famosa “janela européia” pode ser problema, além da própria sequência da equipe na Taça Libertadores, o que pode dividir o foco nesse início de Brasileirão.

Resumindo, o time tem bom técnico, manteve a boa base do ano passado, tem elenco de qualidade e competitivo, excelente estrutura de trabalho e salários em dia: Credenciais que o habilitam como candidato direto ao título.

Paulo Pio de Souza é torcedor do Cruzeiro mas não gosta dos irmãos Perrela.

GRÊMIO:

É uma equipe que sempre mostra a força de sua tradição e tem estilo de jogo muito bem definido. Manteve a base do ano anterior com jogadores importantes com Tcheco e Souza, mas não possui um elenco consistente que permita manter o nível do time ao longo de todo o campeonato. Tem um bom ataque com os argentinos Max Lopes e Herrera, uma defesa consistente e ainda aguarda a chegada de um novo treinador, provavelmente o conceituado Paulo Autuori.

Mas de forma geral, o atual time tem se mostrado instável, oscilando entre a precoce eliminação no campeonato Gaucho, ainda nas quartas de final pelo rival Internacional – o que gerou a demissão do então técnico Celso Roth - e o time de melhor campanha na Libertadores, ainda que tenha enfrentado um grupo fácil na primeira fase (Contra os Chilenos do Universidad, os Colombianos do Boyacá e os Bolivianos do Aurora) e nas oitavas enfrentando o time de pior campanha entre os classificados, os Peruanos do Universidad San Martin.

Se compensar a falta de reposição no elenco com a disposição sempre apresentada pelas equipes Gremistas, entra nesse Brasileirão disputando pelo menos vaga na Libertadores.

John Piter Sthihauffen é compositor e torcedor do tricolor gaúcho.

INTERNACIONAL:

Talvez seja um dos grandes favoritos deste torneio, em face do trio D´Alessandro, Taisson e Nilmar.

Está embalado pela conquista do Gauchão, e tem em Tite seu grande comandante. Um treinador que sabe fechar o grupo e usa isso como uma excelente arma. Além disso, tem uma torcida apaixonada, que transforma o Beira Rio num alçapão.

O ponto fraco pode aparecer na janela do meio do ano. As peças de reposição podem não dar conta do recado no mesmo nível do trio.

Johnny Lemos é publicitário e torcedor do Inter.

SÃO PAULO:

A grande vantagem do São Paulo é seu histórico. Está provado que é um time que sabe como ninguém ganhar uma competição em ponto corrido como o Brasileiro.

O técnico Muricy Ramalho é outro ponto forte do clube, pois está armando este time há anos, com diferentes escalações. Ou seja, pode-se dizer que o time tem um padrão consolidado de jogo.

O destaque do time, sem dúvida, é o meia Hernanes, que pode neste campeonato se consolidar de vez. Entre os pontos fracos, poderia citar a possível decadência de Rogério Ceni, a própria condição de "time a ser batido" e a possibilidade do time ser muito afetado por uma eventual perda da Libertadores. A torcida tende a abandonar o time caso esta possibilidade se confirme.

Carlos Marques é torcedor do SPFC.


VASCO:

Ops, foi mal. É só time de primeira divisão.


VITÓRIA
:

Revelar e vender jovens jogadores. A tradicional vocação adotada pelo Vitória parece ter sido deixada de lado em 2009. Os dirigentes ambicionam chegar à Libertadores esse ano, e para isso montaram um elenco recheado de medalhões, comandado por Paulo César Carpegiani. O destaque é o veterano meia Ramón, em ótima fase, coadjuvado por alguns nomes de boa qualidade, como o irrequieto goleiro Viáfara, o seguro volante Vanderson, os laterais Apodi e Luciano Almeida e o veterano meia Jackson. Sem falar nos nomes mais valorizados da equipe, o artilheiro Neto Baiano, que vem fazendo gols a torto e a direito e já vem recebendo propostas, e no volante Bida, que fez ótimo campeonato baiano e pode ir pro Fluminense, envolvido numa troca pelo lateral Leandro. Outros veteranos que estão de volta são o meia Leandro Domingues e o atacante Nadson.

Pontos fortes: o time é talentoso, técnico e está mais “cascudo” que no ano passado. O contragolpe é muito veloz. Tirar pontos da equipe no Barradão costuma ser complicado.

Pontos fracos: a zaga não inspira confiança. O campeonato baiano é de péssimo nível técnico. O time não costuma resistir a ambientes de pressão. A torcida, muito exigente, muitas vezes joga contra.

Perspectivas: o time é bem mais rodado que em 2008. A idéia é seguir os passos do Sport. Em tese pode chegar novamente à Sul-Americana, mas tudo vai depender das primeiras rodadas. Libertadores é pouco provável, assim como o rebaixamento.

Adriano Melo é correspondente do FlamengoNet em Salvador/BA.

Flamengo Net

Comentários