No último tri, eu estava...
...trabalhando até poucas horas antes da partida. Dois amigos do Rio estavam comigo - moro em Brasília - quando fomos a casa do Alexandre (um grande amigo aqui de Brasília) que namorava a única vascaína presente no local (preciso dizer que era chata?).
Lá estávamos nos deliciando com a virada rubro-negra. Alguns foguetes já haviam sido lançados nos nossos dois primeiros gols. Algumas latas de cerveja também já haviam sido ingeridas naqueles prazerosos momentos. Eis que o tempo começou a "voar" e nada do terceiro gol chegar.
A angústia deu o tom na sala de visitas da casa do Capilé (apelido do Alexandre). A cerva já não descia redonda. O gosto amargo da derrota se misturava com o da cevada. Pronto, chegou o grande momento. Falta na entrada da área. Quem, quem poderia nos salvar? Lá vem ele , o sérvio Pet, pra fazer história, pra marcar o nome nos erários rubro-negros. Chegou a hora de apelar! Saída estratégica pela esquerda.
Deixamos a uruca da namorada do Capilé na sala principal onde todos assistiam ao jogo e fomos eu e o Roldão (isso mesmo R-O-L-D-Ã-O, não é apelido, é nome mesmo), para uma ante-sala onde encontrava-se a TV da sorte. Isso mesmo, numa ante-sala existia uma TV antiga, da época da copa de 70 que funcionava mal e porcamente mas que nos momentos de tensão trazia grande sorte ao mengão. Ajoelham-se defronte ao aparelho eu e o meu amigo Roldão .
Acho que nunca gritei e xinguei tanto na minha vida quando vimos - parecia em câmera lenta - a bola entrando no ângulo esquerdo do goleiro e logo em seguida estufando a rede do tri-vice. Foi uma correria doida, cada um ia para um lado, mais morteiros foram lançados, tinha gente chorando, tenha gente gritando...emoção total! Dia inesquecível, momentos inesquecíveis.
De resto foi só esperar o apito final. Até então nos referíamos àquela TV como "a mística da televisão da copa de 70" daquele dia em diante, ficou "a mística da televisão do tri do mengão".
Abraços, parabéns pelo blog e SRN.
Leonardo Lima FerreiraBrasília-DF
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