Chutes e pitacos
O tom
Terminei o ano passado com posts um pouco amargos, motivados pelo festival de lambaças midiáticas protagonizado pelo clube. Mas, temporada iniciada, é tempo de olhar para frente e, mais especificamente, para dentro das quatro linhas.
O esquema
Ao contrário do amigo Alex, não desgosto do 3-5-2. Para uma equipe que depende tanto dos dois laterais e tem um zagueiro central que estava pensando em aposentadoria há poucos meses atrás, parece-me uma escolha precavida. Leo Moura e Juan terão bastante liberdade, e Airton pode segurar um pouco a onda de Fábio Luciano, que provavelmente vai jogar na sobra. Gostei também da escalação do meio no primeiro treino, com Ibson, Kleberson e Paraíba. Mas sei que vai durar pouco, já que Zé Bob deve entrar na armação e Paraíba deslocado pro ataque, ao lado de Obina. Não é o ideal, mas tá razoável.
O 10
Zé Roberto? Confesso que não compartilho do entusiasmo. Alex vê nele o típico malandro marrento que chama o jogo e se identifica com a torcida, mas eu vejo o sujeito que chega atrasado, reclama paca e joga um partidaço enquanto desaparece nos dois seguintes. Continuo com um pé atrás, principalmente se levarmos em conta o histórico deste tipo de jogador no Flamengo, clube que adora passar a mão na cabeça de atleta indisciplinado.
Contratações
Como afirmei em posts no final do ano passado, não acho que o Flamengo deveria se preocupar apenas em manter a base. Até animei com a notícia de contratação de Mota, menos pelo jogador e mais pela evidência de que Cuca quer mais. Ponto positivo, pois não podemos mirar no Estadual, mas no Brasileiro. Continuo achando que precisamos de mais alguém pra jogar na frente, pois Obina e adjacências são apenas razoáveis. E não quero terminar em quinto.
2009
Estamos numa posição privilegiada para o Brasileiro. O time da moda é o Curintia, para o qual todos os olhos estarão voltados. Não estaremos na Libertadores, e creio que ninguém vai olhar para o Flamengo como um favorito. É bom, deixemos os outros falarem e badalarem. Jogamos melhor quando chegamos miudinho.
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