Nem assim consigo me animar. Que final melancólico. Que deslustre, que ataque às nossas tradições. Quem diria que precisando apenas de uma vitória simples iríamos perder de sacolada pra um reles timinho à beira do precipício? Isso, decididamente não é coisa de Flamengo. Adianta mandar o técnico embora? Digo, adianta mandar só o técnico embora quando o grupo todo se comportou canalhamente? É evidente que o problema é muito mais complexo. E nem estou falando das tradicionais deficiências estruturais e do esgotamento do modelo administrativo. Vai dar um trabalho do cão arrumar tudo que tá errado.
Nesse exato momento, muito puto com mais essa inaceitável presepada, não consigo nem imaginar as conseqüências dessa derrota aviltante. Mas uma coisa é certa: a barca vai sair lotada da Gávea. Nem poderia ser diferente, pois podem até dizer que nosso elenco tem grandes jogadores, mas que como grupo só conseguiu mostrar uma incapacidade crônica para jogarem como homens. Principalmente quando era só isso que se precisava para alcançar as metas. A lista dos tropeços, vexames e papelões desse grupo não permite contestação. É mais do que justo dizer o rancoroso já vão tarde.
O Flamengo que vinha junto desde 2006, o time campeão da Copa Brasil, Bi-Carioca, Bi-Vexaminoso na Liberta e que não foi capaz de nos garantir um 2009 honroso acabou na tarde desse domingo na Baixada. Esse Flamengo se implodiu, se autodestruiu como aquelas mensagens secretas do velho seriado Missão Impossível. Sai de cena sem deixar saudades, só vergonha. Esse ciclo terminou, da pior maneira possível. O desafio do Flamengo agora é outro. O Flamengo (clube, time, torcida) precisa se reinventar.
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