domingo, 19 de outubro de 2008

Um conto budista para reflexão (de alguns torcedores)


Um velho monge e um jovem monge estavam andando por uma estrada quando chegaram a um rio que corria veloz. O rio não era muito largo nem muito fundo, e os dois estavam prestes a atravessá-lo quando uma bela jovem, que esperava na margem, aproximou-se deles. A moça estava vestida com muita elegância, abanava o leque e piscava muito, sorrindo com seus olhos muito grandes.

- Oh - ela disse -, a correnteza é tão forte, a água é tão fria, e a seda do meu quimono vai se estragar se eu o molhar. Será que vocês podem me carregar até o outro lado do rio?

E ela se insinuou toda sedutora para o lado do monge mais jovem.O jovem monge não gostou do comportamento daquela moça mimada. Então, ele a ignorou e atravessou o rio. Mas o monge mais velho ergueu a moça e a carregou nas costas até o outro lado do rio.

Depois, os dois monges continuaram caminhando pela estrada. Embora andassem em silêncio, o monge mais novo estava furioso. Achava que o companheiro tinha cometido um erro ao ceder aos caprichos daquela moça mimada. O jovem reclamava e vociferava mentalmente, enquanto caminhavam.

Finalmente, ele não aguentou. Aos gritos, começou a repreender o companheiro por ter atravessado o rio carregando a moça. Estava fora de si, com o rosto vermelho de tanta raiva.

- Ora, ora - disse o velho monge. - Você ainda está carregando aquela mulher?

Eu já a pus no chão há uma hora.

Imagem: extraída do blog http://luzogaib.files.wordpress.com/

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