COLUNA DE SEGUNDA-FEIRA - Herminio Correa
Focados, nossos jogadores foram simplesmente Flamengo. Em um primeiro tempo incomum, de um jogo ataque contra defesa para ambos os lados, fomos superiores e poderíamos ter matado a partida. Nos 45 minutos finais fomos dominados e pressionados pelos pernambucanos, mas cadenciamos o jogo quando foi preciso, saindo muitas vezes com a bola dominada, errando apenas por não segurar mais o jogo no campo de ataque. Para premiar sua boa atuação, Léo Moura acerta aquele belíssimo chute e manda para o espaço as dúvidas daqueles que não acreditavam até então que o Rubro Negro fosse postulante ao hexa. Sim, estamos cada vez mais vivos! E por todos os detalhes acima mostrados acho que o torcedor do flamengo tem que dar muito valor aos três pontos conquistados em Recife.
Provando que o momento da equipe na competição é dos melhores, apenas por conta de dois empates (Internacional e Fluminense) não repetimos nesse segundo turno aquele início incontestável de campeonato. E se a meta é o título, a diferença terá que ser feita então é a partir de agora, nessas próximas 10 rodadas.
O que pode ser diferente nessa reta final? Onde podemos nos agarrar para confiar plenamente na conquista do hexa? Deixo alguns pontos a se considerar:
• Maracanã/Torcida – Jogando 7 partidas no Rio de Janeiro das 10 restantes, o fator “casa” tem que prevalecer. Ainda que contra o Botafogo seja no Engenhão, fazer o dever de casa nesses jogos é fundamental para se chegar ao titulo. “Moles” como os dados contra Vitória e Cruzeiro, nem pensar! E falar sobre a torcida é desnecessário. O espetáculo ocorrido na reta final em 2007 para mim já recomeçou em 2008 contra o Sport (40 mil naquele dilúvio) e tenho certeza que sábado é jogo para, no mínimo, 60 mil pagantes. Temos que carregar o time agora. Fica um pedido: Vaias e reclamações são democráticas, mas tanto quanto nós torcedores tenho certeza que os jogadores querem essa conquista. Sugiro humildemente apoio irrestrito a todos, desde o Babão (roupeiro) ao Márcio Braga. A hora agora é de união total.
• Negociações/Contusões – Ao contrário do primeiro turno onde começamos a perder jogadores importantes no meio do caminho, o Flamengo conseguiu remontar a equipe e possui o elenco com mais opções de variações de jogo dos que estão na disputa. Exemplifico: Juan vai para a seleção. Podemos ir de Eltinho (lateral marcador), Luizinho (improvisado), Everton (ponta) ou Sambueza (meia), sem que isso signifique perder poder de ataque. Palmeiras, Grêmio, Cruzeiro e São Paulo são exatamente isso que estão apresentando, não mostrarão algo novo. E que Deus nos abençoe e não permita contusões aos nossos jogadores.
• Grupo motivado – Depois do jogo contra o Atlético MG e da famosa “festa do sítio” o grupo mostrou sinais de “racha”. Há poucas rodadas, principalmente depois da derrota para o São Paulo, parte da mídia voltou com o assunto “desunião” à tona. Nada melhor do que uma seqüência de vitórias para acalmar o elenco. Ouvindo as declarações dos jogadores e as reações a cada vitória, percebo que estão extremamente concentrados no título. Definitivamente não falta vontade a esses jogadores para trazer o caneco para a Gávea.
• Sorte – As maiores seqüências sem vitórias no campeonato pertencem às seguintes equipes: Fluminense (9 jogos), Santos (9 jogos), Ipatinga (8 jogos), Náutico (8 jogos), Flamengo (7 jogos), Figueirense (7 jogos), Vasco (7 jogos) e por aí vai. Observem que a exceção é o Flamengo, os demais estão lutando contra o rebaixamento. Ainda assim, mesmo passado um momento terrível no campeonato (entre a 12ª e 18ª rodadas) estamos na disputa. Não é momento de lamentar o que passou. Mas se estamos no G4 a sorte andou ajudando. Contra Palmeiras e Cruzeiro ainda decidiremos no confronto direto. Minha preocupação é com o Grêmio. A sorte costuma acompanhar bem de perto a quem é, antes de tudo, competente.
Faltam 10 jogos, 10 decisões. E deixaram o Flamengo chegar.
Não é preciso dizer mais nada.
Até segunda e saudações rubro-negras, sempre!
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