Com linguagem informal, João Tavares - o Dão - comenta a movimentação dos torcedores antes/durante/depois dos jogos no Maracanã.
Primeiro quero pedir desculpas aos amigos blogueiros pelo atraso, sei que estamos focados pra essa quarta feira. Eu mesmo só tô conseguindo dormir lá pelas quatro da madruga por conta da ansiedade. Mas gostaria de relatar o jogo contra o coxinha em que nos vingamos daquela derrota amarga de 2003 e eu que estava no Couto Pereira no primeiro turno não poderia deixar de comparecer ao Maior do Mundo.
Saí do trabalho direto pro Maraca. Arrumei uma carona que me deixaria na Rua 28 de Setembro, bem próximo a UERJ. Eram 17:20 e o transito tava todo parado, na radio o informe era de que um caminhão havia tombado num elevado que é caminho de quem vem da zona sul em direção ao estádio, e em conseqüência afetava também diretamente quem vinha do Centro. Pensei logo no perrengue que seria comprar ingresso meia hora antes do jogo, porque geral ia chegar ao mesmo tempo. Só consegui chegar ao estádio e comprar meu ingresso faltando 10 minutos para as 19:00.
Chegando no balcão do meu escritório no Chico’s conheci umas figuras da melhor qualidade. O Vicente e o Mauro que são rubro negros e o Zeca, que é tricolor mas mora nas proximidades, portanto habitué do terreno. Enquanto aguardava sua esposa chegar para acompanhá-lo ao jogo, o Vicente contava que o Flamengo ainda ia matá-lo, que já teve dois enfartos por conta do Mais Querido e etc. Mas eu queria falar do Zeca. O ilustre tricolor é irmão de Soraia, que foi casada com o nosso grande artilheiro das decisões, o Nunes, com quem teve três filhos. Perguntei sobre como estava o cabra mas ele não sabia dizer, mas me contou com lagrimas nos olhos toda sua admiração que tem pelo Zico, e o quanto que o Zico ajudou a irmã e seus três sobrinhos mesmo depois daquela época áurea do Mengão. A gente conhece o caráter e o ser humano que é o Zico, mas foi de emocionar o depoimento do Zeca.
O jogo foi aquela maravilha né, com a torcida cantando junta as musicais tradicionais e as mais novas o time seguiu no embalo e atropelou o coxinha. Difícil até falar de alguém que tenha ido mal, todos honraram o Manto com maestria, com destaque para Obina, Ibson, Jailton, Airton, Toró e Fierro. Mas o êxtase mesmo foi no quinto gol do jogo, o gol do Bruno, gol que vingou 2003 e que está disponível pra galera no Youtube do blog. Já indo embora em direção a saidera na Tia Monica recebo uma mensagem do ilustre amigo e também blogueiro André Borsato que assistiu o jogo do primeiro turno ao meu lado no Couto Pereira que dizia: devolvemos aquela derrota com juros e correção monetária. Ele que trabalha num banco sabe muito bem o que tava falando.Eu digo que eu saí com a alma lavada, bebemorei a vitória como se fosse um titulo, não apenas pelos cinco gols a zero, mas pelo futebol apresentado. Se jogarmos assim quarta sairemos com 3 pontos do Barradão.
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