terça-feira, 23 de setembro de 2008

CADERNINHO DO SIMÕES LOPES XXX

Calma, não é nada disso que estão pensando... XXX é apenas “trinta” em algarismos romanos. Acontece que em 2008 completo trinta anos na minha carreira de torcedor, que começou no augustíssimo campeonato carioca de 1978. Nestes anos já presenciei tanta coisa, que resolvi fazer um resumo do Flamengo (ou dos Flamengos, para ser mais exato) que eu acompanhei ao longo destas três décadas de emoções sempre fortes. Completando a primeira parte, vem agora a continuação.

A META EM TRINTA ANOS (Parte 2)


Em 1990, o Flamengo fez um troca-troca com o São Paulo: recebeu emprestados Bobô e Nelsinho, e em troca cedeu Leonardo (ah, se arrependimento matasse!) e Alcindo ao tricolor paulista. O empréstimo caducou em 1991, quando os paulistas decidiram ficar com Leonardo, e como compensação cederam ao Flamengo Adílson, Paulo César e Gilmar. Gilmar Rinaldi, que perdera a vaga de titular no São Paulo para Zetti, chegou ao Rio apenas para esquentar o banco, mas acabou aproveitando as chances de substituir Zé Carlos (em má fase), e conquistou a posição com muita competência. Na Libertadores de 1991 selou sua afirmação com atuações impecáveis, como na memorável vitória de 2x0 sobre o Corinthians ( um chocolate tão chocolate, que o jogou terminou com a invasão do campo pelos torcedores do Timão revoltados). Gilmar foi o dono da posição até 1994, quando transferiu-se para o Japão.

Vieram então os tempos gelados e tumultuados de Kléber Leite, e nós penamos com uma seqüência de goleiros inconstantes: Roger (que mais tarde seria por muito tempo reserva no São Paulo, no Santos, e que nesta ano andou pelo Botafogo), Adriano (que acabou passando por vários times pequenos), Emerson (que se alternou com os dois últimos no Estadual de 95), Paulo César (comprado ao Cruzeiro, e titular no nefando Brasileiro do mesmo ano), Sérgio e Fábio Noronha, ambos em 1996, que acabariam meros reservas do filho-pródigo Zé Carlos, que após uma longa temporadas nas terras lusitanas, voltava ao gol do Flamengo. Apesar de conquistar mais um título (Carioca de 1996), o veterano arqueiro não foi capaz de manter a mesma regularidade, e acabou perdendo a posição em 1997 para a nova contratação: o paraense Clêmer, credenciado por um brilhante campeonato pela Portuguesa de Desportos.

Clêmer é um daqueles estranhos casos de jogadores que conseguem combinar em sua carreira defesas sensacionais, milagrosas, com frangaços ridículos e bisonhos. Sua carreira de titular começou a balançar e acabou sendo barrado pelo jovem e promissor júnior Júlio César, que tornou-se titular muito novo, reinando absoluto na posição até 2004, quando foi vendido para a Internazionale da Itália. E o Clêmer? Foi vendido ao Internacional, onde tornou-se ídolo, colecionou títulos e chegou até a ser Campeão Mundial.

A vaga passou então ao ex-reserva Diego, que a despeito do início seguro e consistente, viu sua regularidade esvair-se até que o Flamengo conseguiu um novo goleiro titular na figura do mineiro marrento Bruno, titular até o presente momento. Um goleiro que já ganhou um título carioca, e fez história ao marcar um gol de falta numa partida válida pela Libertadores.

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