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quinta-feira, 7 de agosto de 2008

¡Yo no creo en brujarias, pero que las hay, las hay! ....

Meus amigos,

Domingo passado foi o dia da tão esperada Diplomação das Embaixadas da Nação. Quando estávamos assistindo - nas Cadeiras Especiais do Maracanã - a humilhante derrota para o Cruzeiro, logo após a cerimônia de entrega dos diplomas, virei para o Alexandre Moraes (coordenador do Projeto Nação Rubro-Negra) e falei:

- Pode parecer ridículo o que vou dizer aqui, mas o Flamengo tem que criar um fato simbólico, algo que vá ao encontro do inconsciente coletivo*, para espantar essa uruca! Uma sugestão seria reunir - NUMA GIGANTESCA CORRENTE ECUMÊNICA - representantes de inúmeras religiões e credos que fossem flamenguistas para fazerem uma vigília espiritual no sentido de espantar a má fase e as energias negativas. Isso teria um fator motivador muito grande, um simbolismo muito forte até perante os jogadores, e a primeira vitória que viesse já seria atribuída a essa possível LIMPEZA ESPIRITUAL que seria promovida por estes religiosos. A fé faz milagres! Quem já presenciou num culto ou numa missa, pessoas com doenças incuráveis tornando-se completamente sãs, sabe do que estou falando...

O Alexandre sorriu e nem me deu muita bola. Ontem a bruxa estava solta novamente. Gols incríveis perdidos, bolas na trave, contusão do Vandinho logo no início do jogo, cartões amarelos para nossas principais (?) estrelas, gol do adversário nos acréscimos, enfim... a coisa tá braba! Isso vem se acumulando jogo a jogo, com jogadores contundidos, erros primários, fatos inacreditáveis. A minha sugestão decorre de um fato muito significativo nos dias atuais: o que faz a diferença no desempenho das equipes é o fator motivador, a crença de que as coisas irão acontecer, a visão de futuro. Mesmo sem os atacantes necessários, mesmo sem os reforços pretendidos, mesmo com um preparo físico deficitário, o time do Flamengo que liderava a tabela não pode ter desaprendido a jogar bola, algum fator psicológico está abalando esse grupo e a primeira providência tem que ser recuperar a auto-estima de todos.

Tenho uma posição hoje, muito clara em relação à função TÉCNICO DE FUTEBOL: você não precisa nem entender muito de futebol, não precisa ter sido craque, não precisa possuir um grande curriculum esportivo. O que um treinador de qualquer esporte - nos dias atuais - precisa, é entender de espírito de equipe, motivação, liderança, atitudes, valores, enfim, precisa ser um expert em comportamento organizacional. Com um bom preparo físico e com um treinador que saiba ajustar um grupo para conseguir resultados, qualquer time de futebol vai longe...

O Flamengo nesse momento, antes dos reforços, precisa reencontrar o equilíbrio psicológico. Têm que existir fatos novos para mudar a percepção do grupo. Para quem não se recorda, no ano passado quando estávamos na zona do rebaixamento (mais ou menos nessa ápoca do ano) levaram o Manto Sagrado na Igreja de São Judas Tadeu, benzeram, tiraram os mais fluidos e o time começou a embalar.

Não adianta culpar a Diretoria pela venda do Marcinho e do Renato Augusto, culpar os 30 torcedores que foram na Gávea protestar, culpar eventuais salários atrasados, culpar quem quer que seja. Neste momento, o que temos a fazer é buscar uma saída para a crise. Trabalho há 20 anos com Marketing Político e sei que não existe eleição ganha ou perdida. Quando a gente acredita, a mudança ocorre, nos corações e mentes. Tá na hora, Mengão, vamos criar um fato novo que vai cair como uma luva no inconsciente coletivo e fazer lotar o Maraca novamente em todos os jogos do time, que vai fazer a torcida empurrar o time e nos encaminhar para o Hexa!

A raça vai ressurgir no Manto! Basta a gente trabalhar para que ela ressuscite!

* Inconsciente Coletivo, segundo o conceito de psicologia analítica criado pelo psiquiatra suíço Carl Gustav Jung, é a camada mais profunda da psique humana. Ele é constituído pelos materiais que foram herdados da humanidade. É nele que residem os traços funcionais, tais como imagens virtuais, que seriam comuns a todos os seres humanos.