Depois de uma dica no espaço de comentários aqui mesmo do blog, fui atrás de informações do cara - e cheguei à conclusão que é a aposta a ser feita. Reforço agora a campanha, pois está claro que precisamos de jogador de criatividade no meio-campo - e o que leio é que há a possibilidade de que se gaste 500 mil (reais ou dólares, sei lá) pra antecipar a vinda de Éverton, do Paraná. Não conheço o garoto, mas...
Eis minha aposta: Leandro Gracián. Está dando sopa, mas já corre na Argentina que há proposta do San Lorenzo - que perdeu D´Alessandro -, além do pedido do técnico do Vélez por sua contratação. Então, é bom dar uma ligada rápido pra diretoria do Boca, antes que o bonde passe.
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Gracián é argentino, nascido em 1982. Joga como enganche, como eles chamam - ou seja, meia de ligação, exatamente a posição mais carente no elenco. Surgiu no Vélez Sarsfield com grande destaque e comandou o meio-campo da equipe no título do Clausura de 2005. Em 2006, foi para o Monterrey, do México, onde ficou até o ano passado.
Quando Riquelme estava para deixar o Boca, voltando à Espanha após a Libertadores, os Xeneizes foram atrás de Gracián no México para ser o novo 10. Ou seja: ele realmente tinha uma boa imagem na memória dos argentinos. O Monterrey fez jogo duro, mas Gracián fazia questão de voltar à argentina. Criou tanto caso que acabou indo treinar com o time B até conseguir ser liberado. O Boca pagou, diz agora o Olé, US$1,75 milhão por 50% do passe.
Na época, o técnico do Boca era Miguel Angel Russo, o treinador que o comandou nos bons tempos de Vélez. No entanto, ele acabou caindo e Gracián, que realmente não fez as atuações que dele esperavam, não emplacou - dizem por lá que o aproveitavam mais recuado do que estava acostumado. Riquelme voltou e o atual técnico do Boca é Carlos Ischia - justo o técnico do Vélez que não lhe dava chances na época em que Gracian começava a surgir, como jogador promissor.
Até um determinado momento, Gracián ainda foi o primeiro reserva de Riquelme. Mas, agora, não está conseguindo chances nem em coletivos. Ele quer sair, outros times aparecem interessados e o Boca já disse que quer negociá-lo, até por empréstimo. Ou seja: a bola tá quicando, pronta pra ser chutada.
O que se encontra de comentários sobre ele pela net dá conta de que é mais leve e rápido que Riquelme e carrega mais a bola - um estilo parecido com o de Conca mas, dizem, melhor. Bastante habilidoso, com bom chute de meia distância, batedor de falta. Pela descrição, exatamente o que o Flamengo procura. Pelo histórico, tem condições de ser o cara. E, pela situação, totalmente possível de ser contratado.
Kléber Leite - dá uma chegada até lá. Ao contrário dos donos de Love e Felipe, o Boca não está fazendo jogo duro. Buenos Aires é mais perto que a Arábia ou a Rússia. E, se não for por mais nada, o vinho lá é bom e barato à beça.
Praqueles que gostam de brincar de "contratar por DVD" - aí embaixo, um vídeo de uma matéria da época em que o Boca o contratou.
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