sábado, 7 de junho de 2008

Mengão Humilha e Lidera


Foi bem mais fácil do que o mais otimista entre nós poderia imaginar. Que me desculpe o Tainha, blogueiro gente boa do alvinegro barriga-verde, mas em nome da defesa intransigente da verdade e pra evitar qualquer oba-oba que essa goleada possa gerar nas mentes de alguns milhões de aloprados pelo mundo somos obrigados a chutar o cachorro morto. Às favas com o fair play, o Figueirense simplesmente não existe.

Durante 90 minutos o time do Flamengo, o roupeiro do Flamengo, o cara que dirige o carrinho da maca, os torcedores e até os crápulas que tentam nos vender cerveja sem álcool no Maracanã não tomaram conhecimento sequer da presença física do time dos alvinegros manés no gramado. Parecia um daqueles jogos-treinos modernos em que o professor põe de um lado os seus 11 titulares e do outro lado escala 11 cones.

Lógico que devemos reconhecer e congratular nossos guerreiros pela exibição, pelo resultado, pelos 3 pontos magnificamente obtidos e pela notável evolução tática que o Mengão vem demonstrando de jogo pra jogo. Apesar de o adversário ter se revelado uma carne assada maturada o Mengão marcou excepcionalmente bem, sufocando os caras no canto e promovendo bacanais na defesa deles a cada subida ao ataque.

Ataque cujos integrantes conquistaram o direito de não ouvir qualquer tipo de reprimenda, crítica ou sugestão seja lá de quem for. Ataque que faz 5 gols em um jogo está acima do bem e do mal. O contrário do meu caso, porque mais uma vez sou obrigado a admitir a minha ignorância em tudo que se refira ao futebol.

Como se fosse um Diógenes banguela com uma lanterna com a pilha fraca estou há semanas malhando o nosso ataque e fazendo terríveis vaticínios caso o ínclito Caio Junior não resolvesse as deficiências desse setor vital para as nossas mais altas pretensões. Dá pra imaginar a minha cara de babaca ao reler hoje o que escrevi há 15 dias atrás e constatar (amarradão) que eu estava detonando o melhor ataque do Brasileiro?

Alguém andou falando que a dupla de ataque Souza e Max em campo o Flamengo nunca perdeu um jogo. Apesar da malicia intrínseca dessas cavadinhas a estatística só confirma o que os nossos olhos comprovaram nos dois últimos jogos: com Max Biancucci em campo o Flamengo parece voar quando parte no contra ataque. E como Marcinho está atravessando um período de possessão beatífica o Flamengo além de ter o melhor ataque do campeonato tem também o seu artilheiro. Falar mais o quê? Cornetagem tem limite.

Não interessa se o adversário deu molezinha, houve momentos de puro futebol arte nesse sábado. Como um olé sensacional do Léo Moura, um 3 dedos sinistro do lentíssimo e habilidoso Jonatas (sua mania irritante de passar o pé por cima da bola já encheu o saco) e várias arrancadas empolgantes do mais talentoso jogador da família Messi. O bom senso nos recomenda relembrar que há bem pouco tempo atrás o Mengão tinha um time titular que de vez em quando empatava uns jogos-treinos com aquele time dos cones.

A liderança é muito legal, isto é indiscutível, mas além de não ser prudente ficar soltando foguete na 5ª rodada, essa liderança Saturday Night Fever não vale muita coisa. Queremos ser líderes no caderno de esportes da segunda-feira pra zoar todo mundo na escola e no trabalho. Até que isso efetivamente aconteça é melhor ficar sapato.

Mengão Sempre

Flamengo Net

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