quinta-feira, 1 de maio de 2008

Nós, os céticos!

A vitória de ontem serviu para repensarmos os mitos e consensos que parecem ter se firmado entre a torcida. As verdades inquestionáveis são, afinal, extremamente questionáveis. De qualquer jeito, estamos avançando de fase e todo mundo sabe que quando deixam o Flamengo chegar...

1- Obina X Souza: O Acarajéman entrou no lugar de Souza e não pegou os zagueiros tão cansados como de costume quando entra faltando dez minutos. O resultado? Uns dois passes pro lado, várias bolas fáceis perdidas e chutes bisonhos. O melhorzinho deles bateu na trave e caiu no pé do Léo Moura.

Obina também falhou no segundo gol do América. Ao contrário do Souza, toda vez que precisamos que ele marque no campo de defesa - ou mesmo no ataque - ele sempre vai mal. E não adianta dizer que a obrigação dele não é marcar no primeiro pau porque no futebol de hoje qualquer atacante grandalhão ajuda nos escanteios do adversário assim como os zagueiros tentam marcar gols de cabeça quando estamos na área adversária.

2- Léo Moura X Luisinho: Gosto muito do ex-lateral do Ipatinga. É um cara que nunca vai ser o craque do jogo, mas vai sempre jogar bem. Jamais vai ter um dez nas notas do jogo, mas sempre vai ter um seis ou sete. Mas no domingo e ontem o Léo Moura explicou porque é titular. Ele é um craque, um jogador diferenciado e outros sinônimos para o cara que desequilibra. Pode jogar mal um jogo todo - como contra o Botafogo - mas pode decidir em apenas um lance. Assim como o Marcinho e Renato Augusto, não pode ser reserva nesse time.

3- Joel Retranca: Eu e a torcida do Flamengo - e nesse caso não uso uma figura de linguagem - sabemos que o nosso técnico é, e sempre será, retranqueiro. Porém, contudo, todavia (e entretanto NUNCA se esqueçam do entretanto) ontem e contra o Bosta o Joel provou que quando é necessário põe o time para a frente. Após treinar uma formação mais ofensiva na Granja, ele já a usou duas vezes com sucesso.

Nas duas ocasiões, o Tardelli não foi tão bem quanto eu acho que deveria. Mas ao menos ontem, ele foi bem melhor. O único problema é que ele nitidamente não tem a menor vocação pra ajudar na marcação. Sorte a do Marcinho que tem que ser o atacante titular com o Renato Augusto de meia.

4- Marcinho é volante: Ele só jogou assim no início da carreira, depois virou meia de ligação. E se ele é versátil para jogar tão bem no ataque - mesmo começando a maior parte dos jogos no banco já é artilheiro do time - que jogue então. O Marcinho está me lembrando um certo Nélio que ganhou muitos títulos na Gávea. Será que ganha mais dois esse semestre?

5-"Vamos secar o Flamengo": Eu sou repórter. Imaginem chegar para um colega de outro veículo que cobre o mesmo assunto e dizer: vou torcer para você cometer um erro grosseiro para que a minha matéria fique melhor. Escroto demais? Antiético? Pois é. Na prática, foi isso que o André Luíz fez ao torcer para que alguém se machucasse nesse jogo.

Azar o dele que papai Joel é o velho malandro e poupou quase todo mundo que deveria (o Marcinho ficou se arrastando no fim do jogo) e entramos na decisão completos. E vamos pegar o time das lágrimas nada solitárias com tudo. O primeiro título do semestre vem aí!

Flamengo Net

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