quinta-feira, 8 de maio de 2008

Noite do Terror

Escrever de cabeça quente é receita certa pra pagar mico. Por isso vou logo avisando que esse bilhete aqui é só pra não dizerem que não boto a cara quando tudo dá errado. Amanhã, ânimos serenados, volto ao tema da tragédia de 7 de Maio. Por hoje sou obrigado a admitir que o Flamengo perdeu de forma pornográfica o jogo mais mole e mais importante do ano. No excuses, please. O clima na Gávea, que estava ótimo até demais, vai ficar meio ruim nos próximos dias. É mais um perrengue autenticamente rubro-negro e mais uma tarefa pro recém chegado Caio Junior: recuperar a moral da rapaziada que deve estar lá no pé. Como diz o ditado, há males que vem para o mal.


Pros torcedores só resta preparar o couro, a zoação vai ser frenética. Nada que possa abalar nossa tranqüila e longeva hegemonia na cidade, no estado, no país e no mundo. Tem gente que fica revoltada quando o Mengão perde. Reclama que quem perde o jogo são os jogadores, mas que quem é zoado nas ruas é o torcedor. Ora, quando eles ganham quem fica azucrinando geral pela cidade inteira e aumentando a onda do inevitável oba-oba é a gente. Me parece uma troca muito justa. Se por acaso alguém ainda não aprendeu que são também essas tragédias que fazem o Flamengo o maior do mundo essa é uma excelente oportunidade para abraçar essa doutrina.

Agora vou me recolher aos meus afazeres profissionais e deixar o sub-jornalismo esportivo para amanhã. Assim vai ser mais fácil digerir essa indigesta pimenta mexicana. Fiquem todos totalmente à vontade para desabafar as heresias e blasfêmias contra o Mengão. Eu não sou muito de xingar, mas entendo quem extravasa o que vai no peito metendo a boca no mundo. Ser Flamengo é mesmo assim, um dia pobre, um dia rico, um dia no poder, um dia chanceler, um dia sem comer. Coincidiu de hoje ser meu dia de mendigo. Meu amigo se eu pudesse eu postaria sem você me ver.

Mengão Sempre

Flamengo Net

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