Ensinamentos da derrota
Em 1995, eu tinha 20 anos. Era um menino.
Naquele ano, trouxemos o Romário pra Gávea. O melhor do mundo jogava no Flamengo. E nesse ano, o Flamengo passeou no Carioca. Na final, enfrentou um Fluminense montado no estilo colcha de retalhos.
Arrogantes, soberbos, campeões por antecedência.
Perdemos.
Aquilo me ensinou muito. Foi péssimo pra mim, demorei a digerir. Muito. Mas cresci muito com aquilo. Peguei aquilo pra mim. Aprendi que o jogo só acaba quando termina. E enquanto não termina, você tem que comer grama. Aprendi que nada substitui o trabalho, o suor, a dedicação, o empenho. Que apenas o talento não é páreo frente um adversário que QUER VENCER.
Pois bem, se passaram 13 anos. Fiz a minha vida. Lutei, alcancei meus objetivos segundo esses ensinamentos que tirei do mundo da bola.
Agora o ano era 2004. Na final contra o Santo André, arrogância e soberba frente um time sem tradição. Sem tradição, certo, mas que QUERIA vencer. E o resultado todos conhecem.
Chegamos a 2008. Campeão Carioca na base da SUPERAÇÃO. E veio esse tal de jogo de volta contra o América-MEX.
Temos mesmo que entrar em campo? Ora, enfia alguns reservas. Temos mesmo que ir pra disputa? Pula. Vamos pensar no Santos ou Cúcuta. Vamos comemorar o título. Placa para o Joel. Vamos comemorar.
Só que havia 90 minutos pela frente.
E a dedicação novamente venceu a soberba.
quinta-feira, 8 de maio de 2008
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