segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Malditos Empates

A torcida do Flamengo detesta empates, a essência do Flamengo sempre foi o tudo ou nada. Temos fibra de campeões e a chama onde temperamos nosso caráter não permite que comemoremos empates, muito menos com adversários de menor importância.

Ney Franco foi pro ovo porque gostava mais de um empatezinho do que de pão de queijo. Joel Santana conhece a nossa torcida e sabe que as duas ultimas desastrosas atuações são o argumento perfeito para que se instale a linha dura na Gávea.

Nessa segunda na Gávea não houve treino físico ou tático, rachão nem pensar. Foram duas sessões de esporro em regra onde até o roupeiro saiu de orelha quente. Após a perda de 4 pontos para dois timinhos de segunda em seqüência o Departamento de Futebol do Flamengo instituiu uma nova norma:

Chega de fazer caridade no Campeonato Brasileiro.

Além dos valiosos pontos desnecessária e injustamente perdidos, os dois malditos empates ainda proporcionaram a chance para as manifestações insanas das duas torcidas mais chatas e mal informada do Brasil. Os pobres sofredores estão festejando até agora os dois empates conseguidos na bacia das almas com o Mengão apenas para prolongar seus despropositados delírios de grandeza.

A verdade sobre essas equipes é de conhecimento geral. A quarta torcida do Rio já conquistou esse ano a Quase Tríplice Coroa (quase no Carioca, quase na Copa do Brasil e quase no Brasileiro) e a terceira torcida de Pernambuco continua a ser conhecida apenas como a Campeã da Segundona em 87, apesar dos seus gritos histéricos.

Se o torcedor do Flamengo quiser bater boca com alguém tem que procurar alguém que pelo menos se aproxime do nosso tamanho. Não há como um torcedor do Flamengo sustentar um debate com essa cepa de sofredores, pelo menos não nessa encarnação, sem ser acusado de covarde.

Covardia maior foi que os tais empates também deram voz a um tipo de torcedor flamenguista que estava hibernando: o mala imediatista que não sabe fazer contas e está furibundo porque o Flamengo não tem mais chances de disputar a Libertadores 2008. Esse tipo iludido de torcedor que pouco vai ao Maracanã foi o responsável pelas ridículas vaias ao nosso jovem valor Renato Augusto.

Vaias que além de não ajudarem em nada a melhorar o desempenho do rapaz (que não está jogando nada mesmo) ainda o desvalorizam como mercadoria desse açougue que é o moderno futebol mundial. Não gostar do jogador é aceitável, mas depreciar o patrimônio do Flamengo é um ato de burrice extrema que já foi cometido vezes sem fim por parte da nossa torcida. Quem não se lembra de Adriano, também conhecido em Milão como o Il Imperatore?

Esse campeonato longo pode ser chato e meio monótono para quem não está disputando a ponta da tabela, mas se presta maravilhosamente para corroborar a expressão popular “nada como um dia atrás do outro”. Amanhã é terça e os efeitos do esporro do Joel já deverão surtir efeito na definição da equipe titular. Na quarta feira nós teremos mais um difícil e decisivo compromisso e a tradicional etiqueta rubro-negra recomenda que o Flamengo vença bem e se vingue do papelão do primeiro turno lá em Figuerópolis. É evidente que o momento é de apoio e não e vaias, mas se ainda assim alguém quiser vaiar que o faça de casa e, por favor, evite o Maracanã.

Mengão Sempre

Flamengo Net

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