sexta-feira, 11 de maio de 2007


Libertadores – Balanço Crítico

Como a grande maioria da torcida, saí do Maracanã na quarta-feira chateado com a não classificação. Mas saí também satisfeito com a atitude do time e, claro, da torcida. Quanta diferença entre a revolta após o mico em Montevideo e os aplausos sinceros e calorosos com que os guerreiros do Manto foram saudados. Uma evolução em todos os sentidos.

Há anos afastados da principal competição continental time e torcida do Flamengo estavam mesmo precisando voltar a participar de uma disputa como essa. Uma disputa que apesar de ser um mata-mata premia a regularidade. Espero que o time tenha aprendido que não adianta nada jogar pra cacete num jogo e mulambar no outro, é preciso encontrar um equilíbrio.
E que a torcida entenda que não adianta nada subir às nuvens por que o time se classificou em primeiro ou segundo geral na fase de grupos, quem viu o jogo do peixe ontem contra o ultimo dos segundos vai concordar com o que eu estou dizendo.

Mas a regularidade que nos levará novamente à Libertadores é a que obtivermos no Brasileiro. Disputar a taça continental tem que virar uma rotina para o Flamengo e o caminho mais certo é via Brasileiro. Disputar um bom campeonato e chegar na Libertadores sem tem quer enfrentar uma final de CB massacrante e que prejudica a real avaliação da equipe é o melhor caminho. Porque acabamos de constatar que os 9 meses que separam uma Copa do Brasil de uma Libertadores podem não ser suficientes pra montar um timaço. Ainda mais com os eternos problemas de caixa que nos impedem de comprar jogadores prontos e consagrados.

Estou até estranhando a quantidade de gente que tem pedido a cabeça do Nei Franco após a nossa prematura despedida da Libertadores. Houve épocas muito mais adequadas pra fazer esse pedido do que agora, a menos de 3 dias da nossa estréia no Brasileiro. Além do que, considero uma burrice enorme ter mantido o cara após tantos perrengues e logo agora que ele tá (finalmente) conseguindo falar grosso (episódio Jumentinho Paulista) manda-lo embora.

Demitir o cara agora seria jogar todo o trabalho de um ano inteiro fora. Há quantos milênios um técnico não ficava um ano inteiro na Gávea? O melhor a fazer é aproveitar esse fenômeno raro e ver se nos beneficiamos dessa tal regularidade. Eu, vocês, o Nei Franco, o MB e o KL já estamos carecas de saber que num campeonato longo como o Brasileiro vale o protocolo tradicional: perdeu 3 seguidas, um abraço. Espero que o time e o Nei Franco não dêem motivos para que essa tradição burra se mantenha.


Mengão Sempre

Flamengo Net

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